As aulas a distância também vêm possibilitando que
estudantes brasileiros realizem cursos em universidades no exterior, sem
deslocamento para outro país. “A metodologia vem facilitando o acesso a cursos
bastante conceituados em universidades renomadas que, até então, não eram tão
acessíveis por causa da distância e do tempo que demandavam. Afinal, manter
moradia em outro país é caro. E nem todos podem se ausentar do Brasil por muito
tempo”, comenta o presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância
(Abed), Fredic Litto.
Ele alerta, no entanto, que antes de ingressar em
um curso no exterior é preciso verificar se ele é reconhecido no Brasil. “Os
diplomas precisam ser revalidados para ter valor também aqui no Brasil. Por
isso, é bom consultar professores de cursos de pós-graduação de alguma
instituição pública para conferir se aquela universidade é reconhecida por
aqui”, explica Litto.
Apesar de ainda não ter conferido se o diploma de
mestre que conquistou na Universidade de Bocconi, na Itália, é reconhecido, o
sócio da Enora Leaders, João Marcelo Furlan, de 30 anos, está feliz por ter
concluído o curso de marketing em vendas em março deste ano. “Sempre tive
vontade de fazer, mas, por ser empresário, não podia me ausentar muito do
País.”
Durante os 14 meses de duração do curso, Furlan
tinha uma semana de aula presencial, na Itália, a cada dois meses. “Ao todo, eu
fui sete vezes para a Itália para cumprir as aulas. Por aqui eu fazia algumas
atividades em vídeo, em slides e participava de fóruns de discussão com alunos
de vários países. Era muito legal.”
Outro que usou a tecnologia a seu favor para
realizar um curso sem sair do Brasil foi o biólogo da Empresa Metropolitana de
Águas e Energia (Emae), Admilson Clayton Barbosa, de 33 anos.
Barbosa fez um curso sobre gestão da
sustentabilidade na Universidade de Luneburg, atual UniLeupha, da Alemanha,
totalmente virtual.
“A cada três meses o professor vinha ao Brasil
para realizar palestras e fazer avaliação. A cada dez dias eu recebia, via
Correios, mais material para estudar. As demais atividades eram feitas via
internet. Também fiz muita apresentação pelo Skype.”
Para Barbosa, o profissional só tem a ganhar com
um curso feito a distância. Mas ele acredita que o brasileiro ainda não tem essa
cultura. “Começamos o curso com 14 alunos e somente seis concluíram. O
brasileiro não gosta muito de estudar sozinho.”
Com informação do ESTADAO
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