quarta-feira, 30 de maio de 2012

O investimento em educação em todos os níveis é o grande passo da competitividade mundial

 

Ciências sem Fronteiras, educação com barreiras e o Brasil do BRICS (Em economia, BRICS é uma sigla que se refere a Brasil, Rússia, Índia, China, e África do Sul que se destacam no cenário mundial como países em desenvolvimento)

O Governo Federal vem desenvolvendo no setor educacional uma verdadeira revolução – um investimento para levar estudantes e professores brasileiros para as mais renomadas instituições de ensino do mundo, como por exemplo Harvard, MIT, Oxford e Sorbonne, entre outras.
Tudo seria muito lindo, se não fosse um problema, a distância e barreiras que as fronteiras internas do Brasil têm em relação à educação e à formação da maioria dos cidadãos brasileiros.

O programa Ciências sem Fronteiras é uma iniciativa interessante, mas preenche somente uma pequena lacuna na formação profissional e no processo de inovação da gestão do conhecimento brasileiro.

São 100 mil estudantes e professores que poderão se beneficiar, mas, considerando a imensidão geopolítica do Brasil, o número é pífio perto da grandeza e necessidade do país.O novo momento do país, as condicionantes de política externa, o Pré-Sal, o crescimento econômico e principalmente a necessidade de um salto de inovação para o desenvolvimento tecnológico e industrial do Brasil exigem que o Governo gere políticas mais agressivas, e não somente iniciativas que ainda partam de um pensamento de atender uma pequena parcela da população. O foco não é criticar o processo, e sim lhe dar prioridade no que tange ao orçamento e desenvolvimento de uma nova geração de estudantes que farão a diferença nos próximos cinco anos.

O processo poderia ser amplo, considerando um investimento maciço em educação básica e técnica, pois o Brasil sofre com sua base, e principalmente na falta de um ensino de ciências exatas com qualidade. Haja vista a carência de engenheiros hoje no país. Por exemplo: para os próximos cinco anos, são mais de 25 mil.

Avançamos com uma ciência sem fronteiras, e atrasamos ainda com barreiras na educação do país. Se avaliarmos os maiores exemplos de empreendedores e desbravadores da tecnologia e inovação do Brasil, perceberemos que a maioria são pessoas que desenvolveram uma boa base educacional, seja da família como da escola, e na maioria dos casos públicas. E por que hoje isso não acontece mais? Principalmente agora que mais precisamos.

Veja o caso de Ozires Silva, fundador e ex-presidente da Embraer. Uma história igual à de todos os brasileiros. Família pobre, educação pública, mas que teve base e construiu o que hoje é uma das maiores empresas de tecnologia aérea do mundo. Tudo é possível, desde que se tenha base.
O Brasil precisa do Ciências sem Fronteiras, mas o programa deveria ser ampliado para mais de um milhão de estudantes, e temos impostos para isso, pois só esta semana arrecadamos mais de 600 bilhões de reais em impostos, mais um recorde da eficiência da Receita Federal, e com certeza um descompasso da necessidade de educação e formação de que este país precisa. Quanta “cachoeira” de desperdício.

Se compararmos o nosso país com os demais do bloco BRICS, o Brasil está longe da Índia e da China neste quesito. Elas perceberam que o investimento em educação em todos os níveis é o grande passo da competitividade mundial.

São mais barreiras do que “sem fronteiras”. Mas esta questão deve ser debatida diariamente por todos os brasileiros, que devem cobrar políticas públicas de educação, e também cobrar dos estudantes que façam o seu papel – estudar por um Brasil melhor.

Por FÁBIO PEREIRA RIBEIRO – Diário da Rússia

Arquivado em Educação a Distância , Notícias , Tecnologias , Tecnologias EAD

417 mil alunos – Presencial e a distância – A maior do Brasil

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A Kroton Educacional, por meio da subsidiária Editora e Distribuidora Educacional, adquiriu o grupo Uniasselvi por R$ 510 milhões.
Desse total, R$ 335 milhões serão pagos à vista e R$ 175 milhões, ao longo de seis anos. A aquisição colocará a Kroton em uma nova região de atuação no ensino superior presencial, com sete unidades no Estado de Santa Catarina, localizadas nos municípios de Blumenau, Indaial, Brusque, Timbó, Rio do Sul e Guaramirim.

A aquisição é a mais importante da Kroton desde a compra em dezembro da Unopar, no Paraná, por R$ 1,3 bilhão. Em março, o presidente-executivo do grupo educacional, Rodrigo Galindo, afirmou que a empresa previa fazer aquisições pontuais em 2012.

Em março deste ano, o grupo Uniasselvi contava com cerca de 86,2 mil alunos, dos quais 73,7 mil alunos de ensino a distância (EAD). Com o negócio, a Kroton passa a contar com aproximadamente 417 mil alunos de ensino superior, 53 campi de ensino presencial e 447 polos de graduação em EAD credenciados pelo Ministério da Educação (MEC).

O Grupo Uniasselvi é composto pelas sociedades Ítala Participações, Sociedade Educacional Leonardo da Vinci, Sociedade Educacional do Vale do Itajaí Mirim, Instituto Educacional do Alto Vale do Itajaí, Sociedade Educacional do Vale do Itapocu, Sociedade Educacional do Planalto Serrano, Sociedade de Pós Graduação, Sociedade Educacional do Vale do Itajaí Livraria e Editora LDV.

Veja o documento dos acionistas CLIQUE AQUI – PDF


Folha Mercado

terça-feira, 29 de maio de 2012

Por que sobram tantas vagas no ensino superior brasileiro?

Apenas 53% dos alunos que entram na universidade concluem o curso. Nem as instituições particulares nem as públicas conseguem garantir a permanência dos estudantes.
Quase metade (49%) das vagas abertas em processos seletivos de universidades, centros universitários e faculdades não é ocupada no Brasil. O número de cadeiras ociosas ainda cresce no decorrer da graduação, já que dos alunos que ingressam nos cursos apenas 53% obtêm o diploma. No Paraná, os números são semelhantes: a cada 100 oportunidades oferecidas a novos estudantes no ensino superior, 53 são aproveitadas. E, dos universitários que ingressam nos cursos, somente 29 concluem a formação.
Os dados estão no Censo da Educação Superior de 2010, que traz os números mais recentes sobre o tema. A rede particular é onde a ociosidade aparece com mais intensidade, embora as públicas também registrem o problema.

As instituições de ensino superior privadas abriram no Paraná cerca de 160 mil vagas e, ainda que 170 mil candidatos tenham participado de vestibulares, pouco mais de 68 mil alunos se matricularam. Segundo o consultor educacional Renato Casagrande, essa discrepância é explicada, em parte, pela falta de critério técnico na abertura de vagas.

“Raramente se faz uma pesquisa de mercado rigorosa. As universidades lançam um curso e se ele não vinga elas fecham e lançam outro. É uma decisão muito intuitiva”, avalia.
O consultor conta que um cálculo simples costuma ser usado pelo setor na tentativa de prever a demanda e definir o número de vagas a serem abertas.

A concorrência no vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR) seria a principal referência. Do número de candidatos é subtraída a quantidade de vagas oferecidas pela instituição e o resultado é dividido pela quantidade de instituições privadas que oferecem o mesmo curso na cidade.

Esse procedimento só pode ser executado pelas universidades, já que faculdades e centros universitários têm menos autonomia e dependem de autorização do MEC para abrir cursos ou ampliar vagas. Mesmo assim, segundo Casagrande, é comum esses estabelecimentos pedirem ao MEC mais vagas do que realmente pretendem abrir, pois assim não precisam fazer uma nova solicitação no caso de a procura pelo curso ser grande.

Mensalidade cara

Essas questões administrativas ajudam a inflar as diferenças apontadas pelo censo, mas a evasão motivada pela dificuldade de pagar as mensalidades resulta em números ainda maiores.
O curso de Engenharia Mecânica, por exemplo, um dos mais caros nas universidades particulares de Curitiba (com mensalidades que variam entre R$ 1.279 e R$ 1.876), forma no país, em média, apenas 7% dos alunos que se matriculam no primeiro período das particulares.

Para Casagrande, o Programa de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade Para Todos (Prouni), que concede bolsas em instituições de ensino superior particulares, são boas iniciativas, mas oferecem vagas numa proporção muito abaixo das necessidades do Brasil. “Se você compara com as linhas de crédito para habitação e automóveis, pode-se notar como esses programas são tímidos”, diz.

Graduação não tem desistência há quase 4 anos

De acordo com o coordenador do curso de Agronomia na UEPG, Cláudio Puríssimo, há quase quatro anos o curso não tem desistências, e a fila de candidatos só cresce. O resultado positivo teria origem na reputação construída desde o início da adoção de sistemas de avaliação pelo MEC.

O curso passou quatro vezes pelo antigo Provão e obteve conceito A em todas as edições, feito alcançado por apenas outras três graduações no país. Desde que o Enade foi implantado, somente em 2004 o curso não obteve a nota máxima, conquistada em todas as edições posteriores. Hoje, é a única graduação de Agronomia do país com duas notas 5 seguidas. A demanda levou a universidade a aumentar recentemente o número de vagas anuais de Agronomia, de 45 para

Prestígio social dos cursos influencia na formação das turmas

Segundo a coordenadora do curso de Pedagogia das Faculdades Integradas do Brasil (UniBrasil), Paulla Helena Silva de Carvalho, o não preenchimento de todas as vagas em cursos de licenciaturas, seja em instituições públicas ou privadas, tem muito a ver com a imagem feita do profissional de educação básica. “É difícil encontrar hoje um professor de Química ou Física, porque quem se forma nessas áreas quer ser é químico ou físico, e não dar aulas”, diz.

Critérios subjetivos de valorização de alguns cursos e algumas instituições seriam, inclusive, mais relevantes na escolha feita pelos estudantes do que rankings ou índices de medição de qualidade. É o que diz Luana Kava, responsável por programas de orientação profissional no Colégio Decisivo. “Os alunos raramente falam sobre os índices do MEC”, afirma. Essa seria a razão pela qual as universidades federais nunca perdem seu prestígio, ainda que alguns dos cursos mais bem avaliados nem sempre sejam ofertados por elas. O professor de Psicologia Décio Zanoni Júnior, da Faculdade Dom Bosco, confirma a importância relativa desses índices, mas diz que há uma tendência de que eles ganhem relevância no processo de escolha.

Evasão

Nas públicas, desistência é principal fator de preocupação
Com índices de concorrência muito maiores, as instituições públicas naturalmente ficam mais próximas de preencher a totalidade de vagas oferecidas nos processos seletivos e nas chamadas complementares. Os números da evasão, por outro lado, preocupam. Para cada 100 vagas oferecidas no Brasil, são feitas 92 matrículas, mas apenas 40 alunos chegam à formatura.
Segundo Cláudio Puríssimo, coordenador do curso de Agronomia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), que está entre os mais bem avaliados do país, o total de vagas só não é preenchido na primeira chamada em função da cultura de se prestar vestibular em várias instituições. “Estudantes de outros estados ou cidades fazem a prova e depois optam por não vir”, diz. Já as causas da desistência no decorrer desse e de outros cursos são múltiplas.

As vagas oferecidas pelo Programa de Ocupação de Vagas Remanescentes (Provar) da UFPR dão algumas pistas sobre os motivos do abandono. Cursos que exigem permanência em tempo integral do estudante na universidade, reduzindo as possibilidades de trabalho remunerado, estão entre os que mais abrem vagas remanescentes.

O curso integral de Química, por exemplo, ofereceu 11 vagas para serem repostas no início de 2012, e o de Agronomia, 18. Em toda a universidade foram oferecidas 299 vagas para transferências de outras instituições. A média gira em torno de 4 vagas por curso.

Sisu
Na Univ
ersidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), onde é usado o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do MEC, algumas vagas permaneceram abertas devido ao não comparecimento de alunos chamados. O Sisu é um sistema on-line que seleciona alunos de todo o país com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os candidatos não precisam se deslocar até a cidade onde a instituição está localizada para prestar o vestibular.

Fonte: Gazeta do Povo

Muito além do preconceito: ensino a distância será modalidade do futuro


Não há dúvida de que todos os profissionais que buscam o sucesso precisam estar sempre preocupados com qualificação. Porém, será que todas as formas de capacitação são reconhecidas pelo mercado? O ensino a distância, por exemplo, ainda gera muita desconfiança sobre sua real eficácia. Mas, será que isso é puro preconceito ou realmente é uma modalidade de ensino menos eficiente?
Para o diretor da FGV Online, Stavros Xanthopoylos, as dúvidas em torno do ensino a distância é algo muito mais cultural do que qualquer outra coisa. Cultural, pois a sociedade é bastante resistente às mudanças de uma forma geral. Porém, conforme pontua o diretor, já existe um grande questionamento em torno do tradicional método ensino, ou seja, sala de aula, alunos e professor.
Muitos estudiosos, pedagogos, e os próprios alunos já estão se questionando se o modelo padrão de ensino realmente é o melhor. Ainda, em relação ao ensino a distância, é um tanto quanto contraditório as pessoas nutrirem preconceito se as ferramentas utilizadas por essa modalidade de ensino são as mesmas usadas no dia a dia, tanto da vida profissional quanto pessoal.


Ou seja, usamos o computador e a internet, com todos os seus recursos, como vídeos e chat, rotineiramente. Assim, se já estamos acostumados e completamente adaptados a esses recursos, por que, então, não aceitamos o ensino a distância, que utiliza os mesmos itens?
Olhando para o futuro, Stavros acredita que o modelo de ensino que vingará terá um formato misto. Ou seja, parte a distância e parte presencial. Os alunos usarão o espaço virtual para se preparem antes do encontro com os professores. Assim, quando estiverem na sala de aula, a troca de conhecimento será muito mais intensa e a experiência, muito mais rica do que é atualmente.

Os mitos que rondam o ensino a distância

Vale pontuar, porém, que existe alguns mitos sobre o ensino a distância. Primeiro, ele não é para qualquer um. É importante que o interessado tenha consciência que essa modalidade exige um perfil específico. Ou seja, uma pessoa que tem a capacidade de sentar na frente de um computador e se dedicar ao estudo.
Além disso, o ensino a distância não é tão flexível quanto se pensa. Existe um calendário de atividades e é preciso comparecer a encontros presenciais, sobretudo, para a realização de provas. “O que falam sobre ser a qualquer hora e em qualquer lugar, é relativo”, diz Stavros.

Os cuidados

Caso tenha decidido por um curso na modalidade a distância, vale observar algumas dicas. Na hora da escolha, veja se a instituição é reconhecida pelo MEC (Ministério da Educação). Qualquer modalidade de ensino deve ser reconhecida pelo MEC para que o diploma tenha validade. Analise atentamente as disciplinas e o conteúdo programático. Certifique-se de que você terá um tutor e muita atenção ao material.
Ainda, verifique se há suporte técnico e as credenciais da instituição. Ou seja, se é reconhecida pelo mercado.

Modalidade aprovada

O empresário Celso Vieira Junior cursa a modalidade a distância de Administração de Empresas na Fagen/UFU (Faculdade de Gestão de Negócios da Universidade Federal de Uberlândia). Para Vieira, o curso é bastante sério, já que os prazos estipulados e combinados são cumpridos. Além disso, “a grade é a mesma da presencial; e os critérios de avaliação são claros e cumpridos pelos professores”, diz.

Já na fase do TCC (trabalho de conclusão de curso) Vieira aponta como sendo bastante positivo o fato de que “a bibliografia é atualizada e há preocupação dos docentes com a aplicabilidade dos conceitos no mercado de trabalho”. Além disso, destaca que seu tutor é muito bom e que a afinidade que teve com ele permitiu um grande aprendizado, “quando há afinidade pessoal com o tutor, asseguro que se aprende muito mais do que no ensino presencial”, diz Vieira.

Apesar de morar em São Paulo e ter que viajar para Uberlândia algumas vezes por mês, o empresário não destaca isso como algo negativo, “adoro quando tenho que viajar e ficar um pouco sozinho. Nesses seis anos tive tutores ótimos com quem desenvolvi várias ideias interessantes, que eram formalizadas ali, na viagem; Muitas vezes, depois das provas, ficava conversando com os tutores, sobre os conceitos aprendidos”, lembra Vieira.


Fone: InfoMoney

 

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Com aulas gratuitas, plataformas de ensino online atraem investidores

Professores de importantes universidades, como Harvard e Stanford, criam conteúdo para aulas via internet


A rápida adoção do meio online para a disseminação de cursos por grandes universidades internacionais, como a recente iniciativa edX – uma parceria de Harvard e do MIT para oferecer aulas via internet – já atrai investidores de olho no futuro do negócio.


Na “sala de aula invertida”, os vídeos expõem o tema, e o professor orienta na hora de fazer os exercíciosEm meados de abril, o jornal The New York Timesanunciou que a Coursera, uma companhia que reúne cursos online de cinco universidades americanas – Princeton, Stanford, California-Berkeley Michigan-Ann Arbor e Pennsylvania – deveria receber uma injeção de US$ 16 milhões (R$ 32 milhões) de duas grandes firmas de capital de risco.


Do mesmo modo que os cursos que passarão a ser oferecidos pela edX – controlada por uma parceria sem fins lucrativos – as aulas da Coursera também são gratuitas. Mesmo assim, os investidores veem potencial de lucro no negócio. “Numa comunidade de milhões de aprendizes, alguns deverão optar por serviços premium, pagos”, disse ao diário nova-iorquino John Doerr, um dos investidores da Coursera, explicando o modelo de negócio que vê para sustentar os Cursos Online Maciçamente Abertos, ou MOOCs, como são chamados, na sigla em inglês.


O modelo do edX, mesmo sendo gratuito, prevê a cobrança de uma “tarifa modesta” pelos certificados de conclusão de seus cursos que, ainda assim, não serão equivalentes a um cédito acadêmico ou diploma emitido por uma das universidades participantes. Cada uma das duas instituições parceiras anunciou um aporte de US$ 30 milhões, para um capital total de US$ 60 milhões (cerca de R$ 120 milhões), no estágio inicial do programa.


A Coursera, por sua vez, nasceu de uma parceria de dois acadêmicos de Stanford, Andrew Ng e Daphne Koller. Ng foi um dos idealizados do projeto Stanford Engineering Everywhere (SEE), que disponibilizou gratuitamente, online, mais de uma dezena de aulas do curso de Engenharia da universidade.


A Coursera já mantém online uma série de cursos, que vão desde uma história do mundo desde a Idade Média, de Princeton, a Engenharia de Software, de Berkeley. Os cursos são divididos em módulos semanais, compostos por vídeos e exercícios online. Em vez de exposições estáticas em vídeo, como aulas gravadas, nas exibições da Coursera os vídeos são interrompidos por ilustrações criadas especialmente para a internet e por atividades interativas, como exercícios para avaliar a compreensão do tema até ali.
O presidente de Stanford disse que a questão do ensino à distância é a principal de suas preocupaçõesO site mantém fóruns de discussão, onde os estudantes podem comentar suas dificuldades e tirar dúvidas, além de comentar os exercícios. Quando o estudante precisa submeter redações ou artigos, como parte de seus deveres, as notas são dadas pelos colegas. Trabalhos escolares de avaliação mais objetiva, como a resolução de equações, são corrigidos automaticamente.

Inversão
O conceito lembra a “sala de aula invertida” popularizada pela Khan Academy. Criada por Salman Khan, com apoio da Fundação Bill e Melinda Gates, a academia, sem fins lucrativos, concentra vídeos em animação explicativos, que buscam funcionar como aulas sobre temas do ensino fundamental e médio.
Na “sala invertida”, os vídeos, assistidos em casa pelos estudantes, são usados para expor o conteúdo. Já o tempo na escola, para tirar dúvidas e fazer exercícios com o acompanhamento dos professores. Segundo Khan, isso inverte o paradigma clássico de aulas expositivas aplicadas coletivamente na escola e de exercícios feitos de modo solitário, como parte do dever de casa.
No caso da Coursera,o aluno assiste à aula sozinho, em casa, e depois interage com os colegas, tirando dúvidas e comentando os trabalhos,no fórum online.

´Tsunami’

Outra startup do setor dos MOOCs é a Udacity, também criada por gente de Stanford: no caso, Sebastain Thrun, que em 2011 ofereceu um curso online gratuito pela universidade, de introdução à inteligência artificial, que atraiu mais de 160 mil estudantes de todo o mundo, sendo que 22 mil concluíram a matéria, recebendo um certificado que, no entanto, não equivale a um crédito acadêmico de Stanford.

No início do ano, Thrun anunciou que estava deixando Stanford para se dedicar à nova empresa de educação via internet. A Udacity oferece cursos voltados para a tecnologia da informação – por exemplo, Design de Programas de Computador; Construção de Motores de Busca; Criptografia Aplicada. O modelo é semelhante ao da Coursera, com trechos breves de vídeo seguidos de exercícios e tarefas online.
Os vídeos são interrompidos por ilustrações criadas especialmente para a internet e por atividades interativasO avanço dos cursos de distribuição maciça pela internet já causa preocupação entre os responsáveis por instituições tradicionais de ensino – publicações como o jornal Chronicle of Higher Education vêm trazendo, há algum tempo, artigos que comparam o estado atual do Ensino Superior ao dos jornais e revistas de papel no início da era dos noticiários online.

Em entrevista recente à revista New Yorker, o atual presidente de Stanford, John Hennessy, disse que a questão do ensino à distância é a principal de suas preocupações. “Há um tsunami a caminho”, declarou.

Fonte: Unicamp

Perfil do universitário brasileiro – Presencial e a distância


Ana Carolina Cabrelli, 21, acorda todos os dias às 6h da manhã para ir ao trabalho. Depois de uma hora dentro do transporte público de São Paulo, ela chega à fábrica onde faz estágio. O dia dela, no entanto, só termina por volta das 23h30, depois que ela volta da faculdade particular onde cursa nutrição.
Além de ter a rotina de boa parte dos estudantes brasileiros, Carolina é praticamente um “modelo” de aluna do ensino superior presencial do país, segundo estudo do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais): mulher, frequenta uma instituição privada, faz bacharelado noturno e tem 21 anos.


Os dados do Inep estão no Resumo Técnico do Censo da Educação Superior 2010. No ensino a distância, o perfil é semelhante: a aluna é mulher, tem 29 anos e faz uma licenciatura numa instituição privada.


Neste ano, o governo traçou um perfil do estudante brasileiro por curso. As mulheres “dominam” os cursos das áreas de educação, humanidades e artes, ciências sociais, negócios e direito, saúde e bem estar social e serviços. Já os alunos dos cursos de ciências, matemática e computação, engenharia, produção e construção e agricultura e veterinária são majoritariamente homens.

Turma de Carolina só tem mulheres

Carolina diz que se decidiu por nutrição ao manter contato com pessoas da área de saúde. Segundo ela, em sua turma, na Uninove (Universidade Nove de Julho), o perfil padrão se repete: só há meninas. “A maioria também acorda supercedo, vai trabalhar e dorme supertarde”, conta.
Ela diz se arrepender de não ter prestado vestibular para a USP (Universidade de São Paulo). “Não estudei pra isso e acho que deveria ter me dedicado mais pra tentar uma faculdade pública”, diz.
Mesmo feliz com a opção escolhida, a estudante diz ter dúvidas se escolheu o curso certo. “[Na época do vestibular] Não pensei em fazer outro curso. Agora, penso em fazer outra coisa. Gosto muito do que eu faço, mas não sei se foi a escolha certa. Às vezes, cogito fazer outro curso. Alguma coisa relacionada a marketing”, afirma.




Fonte: Uol

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Um terço dos Brasileiros não tem interesse pela Internet

Estudo da FGV traça perfil dos internautas brasileiros e aponta desconhecimento, além de problemas de infraestrutura, como entrave à inclusão digital


A maior parcela dos brasileiros que não acessou a internet nos últimos três meses (33,14%) alega não achar necessário ou não ter vontade de navegar. A conclusão está na pesquisa Mapa da Inclusão Digital, da Fundação Getúlio Vargas com a Fundação Telefônica. O segundo motivo, que compreende 31,45% das pessoas, é não saber utilizar a internet. O pesquisador responsável, Marcelo Neri, chama a atenção para esses números. “O principal motivo para o não acesso é a autoexclusão. Isso nos surpreendeu, porque é mais difícil convencer as pessoas a usar. Não é uma questão de custo ou de infraestrutura. O problema é: ‘não quero, não me ensinaram ou não me sinto capaz’. Isso deve servir de alerta para as políticas. Mostra não ser suficiente subsidiar banda larga ou dar computador”, diz Neri.
A terceira motivação para não navegar pela internet (29,79%) é a falta de acesso a um computador. As pessoas que mais responderam não achar necessário ou não querer usar a internet moram em Florianópolis (SC), Rio de Janeiro (RJ) e Campo Grande (MS). Já as que não têm acesso ao computador são, sobretudo, de Rio Branco (AC), Boa Vista (RR) e São Luís (MA). Os que não sabem usar a internet residem principalmente em João Pessoa (PB), Teresina (PI) e Natal (RN).

A pesquisa concluiu que as capitais com os piores índices de desenvolvimento econômico e social do país foram aquelas que responderam não ter acesso ou não saber utilizar a internet. Nas capitais mais desenvolvidas, o principal motivo foi o desinteresse. No que se refere à falta de infraestrutura, Neri acredita ser resultado do isolamento geográfico das áreas, como é o caso de Rio Branco.

Em relação aos estados do sul, sudeste e centro-oeste, 66,48% da população têm computador em casa e 58,69% estão conectados à rede. Na ponta da lista, estão norte e nordeste com 15,16% dos brasileiros com computador e 10,98% com internet. Um olhar para os municípios mostra que São Caetano, em São Paulo, é a cidade com maior acesso a computador (77,62%) e à internet (74,07%). Na lanterna, está São Lourenço do Piauí. Apenas 0,43% tem computador. Há 18 municípios no Brasil sem acesso à internet.
O levantamento da FGV cruza as idades com os motivos pelos quais não se navegou na internet. A razão dos mais jovens, com exceção das crianças, é a dificuldade de acesso. Os mais velhos alegam não saber usar ou desinteresse. Os dados usados pela pesquisa foram obtidos através do Censo Demográfico, da PNAD e do Gallup World Poll.

No Brasil, 33% das pessoas têm acesso à internet. Esse percentual coloca o país na 63º posição entre os 158 países mapeados pela FGV. O primeiro da lista é a Suécia, com 97% de sua população conectada. Um olhar panorâmico mostra que 21% dos homens apresentam mais chance de conectividade domiciliar do que as mulheres.

Locais de uso- Nos últimos três meses, 46,92% das pessoas usaram a internet em seu domicílio por banda larga. Em seguida, 35,11% usaram em centro público de acesso pago, e 31,03% acessou do trabalho. Apenas 1 a cada 10 utilizam a internet discada.

Fonte: Veja

Aulas online de graça nas melhores universidades do mundo

A iniciativa, chamada OpenCourseWare, já contagiou Harvard, Yale, Princeton, Stanford e mais de 200 universidades espalhadas por todos os continentes
As melhores universidades do mundoestão abrindo suas salas de aula para que estudantes de todo planeta possam usufruir de suas aulas gratuitamente e a qualquer hora pela internet. Espalhados por todos os continentes, universidades e alunos se encontram para trazer acesso à educação de qualidade. HarvardYalePrinceton,StanfordMITColumbiaBerkeley… A lista é longa e promete aumentar cada vez mais. No Brasil, a FGV e a Unicamp são os destaques entre as que aderiram à ideia.
Reunindo as universidades de Princeton, Michigan, Pennsylvania e Stanford, a plataforma Coursera foi lançada esse ano e desenvolvida pelos professores Andrew Ng e Daphne Koller, do Departamento de Ciências da Computação da Universidade de Stanford. “Eles viram o desejo e necessidade de educação de qualidade – e acessível – que poderia capacitar as pessoas para mudarem suas vidas, a vida de suas famílias e das comunidades em que viviam”, disse uma porta-voz do Coursera ao Universia Brasil.


Atualmente, o Coursera possui mais de 1 milhão de inscrições e oferece cursos nas áreas de humanas, economia, matemática, medicina, biologia, ciências sociais e ciências da computação. As aulas possuem datas específicas de início e além dos conteúdos passados, também oferecem materiais de leitura, exercícios e atividades para entrega.


Não é possível obter certificados, mas os usuários podem receber uma declaração de participação dos cursos. A decisão cabe aos professores e suas respectivas universidades, variando de curso para curso. Os organizadores da plataforma dizem que “nossas aulas são desenvolvidas para ajudar as pessoas a adquirir habilidades específicas, o que muitos empregadores podem achar valioso”. Incluir os cursos no currículo é possível, “o fato de que você separou tempo para a educação pessoal mostra uma atitude positiva em relação ao estudo, o que é sempre um ponto a mais”, eles completam.


Lançado cerca de um mês depois do Coursera, o edX é resultado da parceria entre a Universidade de Harvard e o MIT. A plataforma promete “revolucionar a educação como a conhecemos atualmente”, conforme disse Anant Agarwal, diretor do Departamento de Ciências da Computação do MIT. Os cursos ficarão disponíveis a partir de setembro. “Nosso objetivo é educar 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo” diz o diretor.


Os propósitos da plataforma vão além dos conteúdos educacionais de qualidade. As universidades planejam utilizá-la conjuntamente para estudar como os estudantes aprendem e como as tecnologias podem facilitar efetivamente o ensino, tanto online como presencialmente. O presidente de Harvard, Drew Faust disse recentemente que, “Harvard e o MIT usarão essas novas tecnologias e a pesquisa que será feita para levar o aprendizado online a um caminho que beneficia estudantes, nossos colegas e pessoas por todo o globo”.


No Brasil, a plataforma Veduca é o grande destaque. Lançada há dois meses pelo engenheiro Carlos Souza, ela disponibiliza gratuitamente vídeos-aula em português de mais de 11 universidades, entre elas Berkeley, Columbia, Harvard, MIT, Priceton, Stanford e Yale. São mais de 4.700 aulas, distribuídas em 212 cursos.


O engenheiro, formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), conta como teve a ideia para a plataforma. “Encontrei o movimento do OpenCourseWare durante uma viagem de estudos e pesquisa de modelos de negócio.” Inaugurado há apenas dois meses, o Veduca já tem mais de 250 mil visitantes. A meta é que, até o fim do ano, a plataforma atinja a marca de 1 milhão de visitas mensais.


O site conta com alguns diferenciais interessantes. Além de disponibilizar os vídeos, ele relaciona o conteúdo das aulas com notícias recentes. Por exemplo, o curso de Teoria Financeira de Yale é acompanhado por notícias sobre a taxa de juros nacional.


Outra ferramenta é o que Souza chama de “busca na fala”. Segundo o engenheiro, essa aplicação seria inédita. Quando o internauta digitar uma palavra no campo de busca, além de disponibilizar as aulas relacionadas, a ferramenta coloca o vídeo exatamente no momento em que o professor está falando sobre ela. A plataforma também funciona a partir da legenda colaborativa. Ou seja, todos os usuários podem ajudar no processo de colocação de legendas nos vídeos, que passam mais tarde pela avaliação dos revisores do site.


O movimento de compartilhamento livre de conteúdos acadêmicos, chamado de OpenCourseWare (OCW) , começou há 10 anos, em outubro de 2002, quando o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) lançou o MIT OpenCourseWare para disponibilizar online e sem custos seus materiais educacionais de graduação e pós-graduação. Atualmente, a iniciativa já contagiou centenas de universidades espalhadas por todos os continentes, em mais de 45 países.


No Brasil, a Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), a Universidade de Sorocaba (UNISO), a Universidade Federal Rural de Pernambuco, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a ESAGS fazem parte do OpenCourseWare Consortium, uma comunidade mundial que reúne mais de 200 universidades adeptas ao movimento OCW. Além destas, a Universidade de Estadual de Campinas ( UNICAMP), também possuí um espaço OpenCourse, onde disponibiliza cursos online e gratuitos.


Outras plataformas disponíveis para o aprendizado online são a Academic Earth, com diversos vídeos-aula distribuídos em 25 áreas diferentes, que vão da arquitetura a medicina, ministrados nas 33 melhores universidades norte-americanas e a OpenAcademy, com mais de 6 mil aulas de 241 cursos nas áreas de ciência, matemática, engenharia, direito, artes, medicina, ciências sociais e humanidades.


Com tantas oportunidades ao alcance de um clique, quem não vai querer aproveitar? Mesmo que você tenha saído das salas de aula há anos, não há como ignorar os conhecimentos disponíveis e a qualidade das aulas oferecidas. Crianças, jovens, estudantes, profissionais e aposentados: todos podem ter acesso à educação de qualidade e sem custo a qualquer hora. Se você não possui um computador ou acesso à internet em casa, converse com sua escola para que ela apóie você e ajude-o a achar a melhor solução. Mas, muita atenção: não importa quão qualificados sejam os professores ou famosas as universidades, será seu esforço e dedicação que irão validar essas iniciativas.  Aproveite e boa aula!


Fonte: Universia

Medicina à distância deve se tornar tendência no futuro

A população mundial está envelhecendo e cada vez mais gente vai precisar de assistência médica. A conta não vai fechar se a medicina continuar a ser praticada em consultórios e hospitais. Mas o cenário deve mudar bastante.
A análise é de um grupo de especialistas da Ernst & Young, consultoria internacional que atende empresas interessadas em saber para onde vai caminhar o mercado da medicina.
De acordo com o trabalho, uma parte importante da assistência médica no futuro será feita no que a Ernst & Young chamou de o “terceiro lugar” (os outros dois são o hospital e o consultório).





Esse terceiro lugar seria, por exemplo, a casa do paciente que tem doenças crônicas como diabetes, obesidade e problemas respiratórios –ou onde ele estiver.
Por isso, as principais inovações na área de saúde virão de tecnologias que permitam assistência remota, como aplicativos para tablets e para celulares que lembrem o horário de tomar um medicamento, por exemplo.

“Hoje, 75% dos custos de assistência médica vêm de doenças crônicas e número tende a aumentar. Esses pacientes não precisam estar no hospital, mas necessitam de acompanhamento”, explica Glen Giovannetti, um dos coordenadores do estudo.

“É uma espécie de renovação da ideia do ‘médico da família’”, explica Patrick Flochel, da Ernst & Young.
“Só que o médico ficará acessível por novas maneiras. Isso causará uma mudança de comportamento do médico e do paciente.”

VIDA REAL

De acordo com o médico Chao Lung Wen, professor de telemedicina da Faculdade de Medicina da USP, esse monitoramento remoto vai reforçar os vínculos do paciente com os profissionais de saúde, motivando-o a seguir os tratamentos prescritos.
Wen é um dos organizadores de um seminário sobre saúde digital e “home care” que será realizado nesta segunda (21) e quarta-feira (23) na feira Hospitalar, em São Paulo.

“Mais de 50% dos tratamentos falham porque as pessoas não entendem como usar o medicamento. Muita gente abre cápsulas de remédio em vez de engolir, o que pode impedir a absorção da droga. A tecnologia vai ajudar a reforçar a compreensão do que foi passado pelo médico”, afirma Wen.

O médico da USP está trabalhando em uma parceria com uma operadora de celular para lançar um serviço de “nuvem da saúde”. A ideia é que essa rede de informações médicas esteja acessível em diferentes níveis: um gratuito, com informações de utilidade pública sobre prevenção, vacinas e epidemias, e outros com acesso pago, com assuntos de interesse específico do usuário e participação em grupos de discussão com profissionais de saúde.

VELHOS REMÉDIOS

Quem também deve mudar de papel no futuro da assistência médica é a indústria farmacêutica. Isso porque as inovações em saúde virão mais de setores tecnológicos e menos de novas drogas.
Segundo a consultoria Thomson Reuter, em 2010, apenas 21 drogas inovadoras foram lançadas. No ano anterior, o número chegou a 26.

Além disso, a maioria das doenças crônicas não será curada com novos remédios –mas precisam de cuidados específicos e recorrentes.

“Não podemos dizer que as farmacêuticas estão em maus lençóis. Mas elas estão começando a se associar com outros setores, como o alimentício, para desenvolver novos produtos”, diz Flochel.
O problema, de acordo com o oftalmologista Rubens Belfort, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e presidente da SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), é que os médicos não estão sendo preparados para lidar com as doenças que mais vão predominar no futuro -e que não precisam de hospital.

“Os médicos hoje são treinados para salvar vidas em hospitais como faz o House [referindo-se ao médico da série homônima americana]“, diz. “Mas o paciente cada vez mais irá ao hospital só se o tratamento em casa não estiver dando certo”, conclui.

Fonte: Folha/Uol

terça-feira, 22 de maio de 2012

Kindle: a Amazon queria vender seu leitor de e-books ao MEC

Representantes da Amazon estiveram recentemente com Aloizio Mercadante. Queriam duas coisas. Primeiro, fechar um acordo para colocar no Kindle as 180.000 obras de escritores brasileiros e estrangeiros, todas de domínio público e disponíveis no portal do MEC. E ,segundo, vender Kindles ao MEC. O ministro tende a aceitar o primeiro pedido. Em relação aos Kindles, sem chance.

Fonte: Veja



 

Ensino à distância ganha qualidade e reconhecimento com a ajuda da tecnologia

Do rádio à internet, veja como essa forma de estudo evoluiu ao longo dos anos

Hoje em dia, as principais universidades do mundo oferecem cursos a distância. A constante evolução do método levou as aulas virtuais também para plataformas móveis, como tablets e smartphones. E, sendo um pouco visionária, Regina imagina onde o ensino a distância ainda pode chegar. “Um professor, por meio da realidade aumentada, pode aparecer aqui por meio de holografia, mas ele está numa faculdade distante. Isso já é possível, então as formas de aprender mudam




Há muitos anos o ensino a distância capacita e forma profissionais em todo o mundo. No Brasil, esse modelo de educação existe desde os anos 40, quando as aulas eram ministradas exclusivamente pelo rádio. O tempo passou e o ensino a distância se atualizou: a principal mudança foi na forma como o conteúdo chega ao estudante. Depois do rádio, vieram as cartas, a TV…. E hoje tudo acontece no mundo virtual; online, na internet. “Na educação à distância, hoje, você encontra professores, tem a secretaria acadêmica, espaço para discutir com os alunos… Não é um processo solitário”, explica Regina Ribeiro, coordenadora do núcleo de ensino a distância do Senac.
Engana-se quem pensa que é mais fácil estudar a distância. A dificuldade é a mesma, assim como a responsabilidade necessária para se formar. Exatamente como no ensino presencial, você está dentro de uma escola, mas no modelo virtual. Do mesmo jeito, existem regras, compromissos, prazos e, em alguns casos, até horários a serem cumpridos.
Adepto da modalidade há mais de dez anos, Mariano Santos fez seu primeiro curso a distância no final dos anos 80. Por correspondência, ele se formou em eletrônica. Hoje, já são mais de oito cursos a distância no currículo. “Você consegue se diferenciar, aumentar sua empregabilidade, melhorar seu currículo e hoje eu posso dizer com convicção que, desde que entrei na empresa há 9 anos, o salário aumentou 4 vezes por causa dos cursos online que consegui fazer”, diz.

Para quem vive em grandes cidades, uma das principais vantagens do ensino a distância é o gerenciamento do tempo. Com o trânsito caótico, se locomover até uma escola é tarefa que exige muita paciência. Para quem mora em cidades do interior, aprender à distância abre as portas para o contato com especialistas e professores reconhecidos.

Hoje em dia, as principais universidades do mundo oferecem cursos a distância. A constante evolução do método levou as aulas virtuais também para plataformas móveis, como tablets e smartphones. E, sendo um pouco visionária, Regina imagina onde o ensino a distância ainda pode chegar. “Um professor, por meio da realidade aumentada, pode aparecer aqui por meio de holografia, mas ele está numa faculdade distante. Isso já é possível, então as formas de aprender mudam”, conclui.

Uma última informação tem a ver com o preço. Ainda que os cursos a distância sejam mais baratos do que os presenciais, há uma infinidade de instituições que oferecem cursos online gratuitos.


Fonte: OlharDigital

Aulas de ensino fundamental em cursos à distância pelo computador

Em 1972, Francisco Carlos Cunha da Silva, de 53 anos, saiu da escola em que estudava para não voltar mais. Decidiu trabalhar, casou e teve filhos. Quarenta anos depois de ter abandonado a sala de aula, resolveu que era hora de recomeçar. Mas o retorno será de um jeito diferente. Francisco faz parte de uma turma experimental de 50 alunos do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) à distância.


Eles terminarão o ensino fundamental estudando por uma plataforma disponibilizada na internet pela Secretaria municipal de Educação. O curso começa no dia 28. Em três meses, o grupo completará o 9 ano e poderá seguir para o ensino médio.

— Sempre sonhei com isso — diz Francisco, que escreve letras de samba e almeja ter uma composição cantada por Zeca Pagodinho.

Estudo sem horário fixo
Mas foi a profissão que fez Francisco optar pelo programa. Ele é ourives e não tem um horário fixo de trabalho:

— Seria difícil frequentar aulas numa escola regular.

O EJA à distância pode ser uma alternativa para pessoas como ele, com 18 anos ou mais. Segundo o IBGE, das cerca de 8 milhões de pessoas que passaram por projetos de EJA antes de 2007 no país, 42% não concluíram o curso. O principal motivo apontado foi a incompatibilidade de horários para estudar.
O colégio virtual permitirá mais flexibilidade, mas exigirá disciplina. A dedicação diária dos alunos deve ser de duas a três horas de estudo. As dúvidas poderão ser esclarecidas por professores, por meio de e-mail, de um fórum de discussões, por telefone ou até mesmo pessoalmente. Ao completarem as aulas de uma matéria, os estudantes farão uma prova presencial.

O objetivo do projeto é atingir quem está bem próximo de terminar o ensino fundamental. Caso a iniciativa funcione, o curso pode ser expandido. Na rede municipal do Rio, o EJA já existe na modalidade presencial — com quatro horas de aulas diárias — e na modalidade semipresencial — com duas horas de aulas diárias, além de atividades à distância.

— A ideia é oferecer diferentes possibilidades — diz Flora Prata, gerente do Ensino de Jovens e Adultos.
‘Vou colocar o diploma em um quadro’

Se Francisco abandonou a escola para trabalhar, Ivone parou os estudos por causa de um problema de saúde, e Silvana para cuidar dos filhos. Como o colega, as duas também acharam que era o momento de se tornarem alunas novamente.

Ivone de Andrade Amitrano, de 57 anos, confessa que sentia insegurança de en$uma sala de aula. Ela queria voltar a estudar, mas tinha bastante receio. As aulas pela internet podem ser o primeiro passo para seu reencontro com a escola.

— Tenho que enfrentar e conseguir. Na hora de estudar, vou fazer de conta que o professor foi à minha casa. Durante aquela hora, vou esquecer do mundo — diz ela.

Além das aulas das disciplinas regulares disponíveis no computador, serão oferecidas aulas presenciais aos sábados. Elas abordarão diferentes temas da atualidade. Ao longo de um trimestre, o aluno deverá participar de pelo menos uma aula.

Atualmente sem trabalhar, Silvana da Silva Santos, de 30 anos, não tem problema $conciliar aulas e emprego. Mas, com três filhos, o desafio dela será cuidar das crianças e estudar.

— Deixei de ser a Silvana para ser só mãe. Agora decidi retomar a minha vida. Já botei muitos diplomas em quadros, agora vou colocar o meu — afirma Silvana, que trabalhava com molduras em seu antigo emprego.

Fonte: EXTRA.GLOBO



 

Aulas de línguas via mensagem de celular – Diga “Rái”

mensagem de celular
A partir de R$ 0,99 por semana, custo baixo atrai jovens e baixa renda. Cursos não ‘fazem milagre’, mas ajudam, dizem especialistas.


Entre o ônibus e o jantar na empresa de autopeças em que trabalha, Edilene aprendeu que “beautiful” é bonito em inglês e “how are you” é como vai você. “Eu amo inglês então quando vi o curso pelo SMS de celular, adorei”, conta a operadora de máquinas de 35 anos, que só tinha noções da língua dos tempos do colégio.São principalmente clientes como Edilene que motivam os investimentos de empresas de telefonia celular em  cursos de línguas por SMS. Pelo preço baixo e a simplicidade da tecnologia, as operadoras apostam que o produto tem potencial de alcançar toda a base de clientes. Os cursos custam a partir de R$ 0,99 por semana, ou R$ 3,99 por mês, e só precisam de um celular que envie e receba mensagens de texto, o que é possível nos aparelhos mais simples.


O alvo principal dos cursos é o público de baixa renda que busca aprender o nível básico de inglês. No caso específico da TIM, o usuário médio do curso tem plano pré-pago e gasta R$ 12 por mês em crédito; 70% deles fazem o nível básico. O inglês via SMS atraiu mais de três milhões de usuários em dois anos para a Vivo e 50 mil em dois meses para a TIM, que espera chegar a 720 mil até o fim do ano, segundo a .Mobi, produtora de conteúdo. A Claro não informa os números do produto, que tem pouco mais de um mês. Com resultados (que não divulgam) nas mãos, as operadoras começam a investir também em cursos de espanhol e aulas de preparação para vestibular e concursos, extensão do ensino para além da sala de aula e cursos corporativos.


Diga rái
Tecnologia simples, preço baixo, mobilidade e linguagem jovem formam sustentam as expectativas das empresas que investem nos cursos e são os motivos que atraem os clientes. Desde o teste de nivelamento, tudo é feito por mensagem de texto. Algumas trazem conteúdo, outras são um quiz com perguntas sobre o aprendizado. E como a ideia é tornar a língua acessível a todos, os SMS vêm com a pronúncia: “Para dizer oi, em inglês, diga Hi (rái).”


Antes de chegar ao formato da SMS, a Vivo, primeira a lançar o curso via SMS, em 2010, tentou aulas via aplicativo (programas desenvolvidos para os celulares). “Vimos que havia grande procura, mas a grande maioria dos clientes não conseguia utilizar o serviço por conta da limitação do aparelho celular”, diz Alexandre Fernandes, diretor de Produtos e Serviços da operadora. Ter como base o tradicional SMS faz bastante diferença para alcançar mais clientes. “O serviço é uma porta aberta interessante, tem uma penetração muito grande, principalmente entre jovens. É uma ferramenta natural para eles, mais que a voz, por mais surpreendente que isso possa parecer”, diz o gerente de novos negócios da Pure Bros, Daniel Kaestli.


Aprendizado
Com vários níveis, as aulas atraem também os iniciados. Depois de ter feito intercâmbio nos Estados Unidos e anos de cursos de inglês, Henrique Gaio, 30 anos, está estudando a língua agora pelas mensagens. “É bom porque dá dicas, eu mantenho o contato com a língua e sempre tem alguma coisa nova ou que não lembrava”, diz. Ele aproveita o tempo na fila, no trânsito e em casa, e reforça as aulas pela internet.
O técnico em eletromecânica Márcio José Moreira, de 35 anos, também retomou as aulas no ano passado via celular, depois de um ano longe dos cursos tradicionais. Para ele, o curso é uma forma de treinar a língua, que ele usa cerca de uma vez por mês no trabalho lendo manuais ou falando com técnicos de outros países. Nessa estratégia de aproveitar o tempo no trabalho para estudar, acabou por não fazer o teste de nivelamento com atenção e está achando o curso fraco. “Considero que estou estudando, mas acho que está fraco, mais para quem não tem contato com a língua.”


“As pessoas estão buscando cada vez mais se desenvolver, e o mobile learning (educação móvel) é uma ótima plataforma para facilitar a disseminação do conhecimento, através do qual os usuários poderão acessar os conteúdos a qualquer hora e de qualquer lugar, bastando estar com o seu telefone celular”, diz Fiamma Zarife, diretora de serviço de valor agregado da Claro.


Diretor da Associação Internacional de Mobile Learning, o americano John Traxler escreveu um manual sobre esse tipo de aprendizado nos países em desenvolvimento como o Brasil e vê o SMS como boa alternativa de complemento. “O SMS não substitui os cursos regulares, mas são ótimos para construir vocabulário, gramática”, diz. O professor da Anhembi Morumbi e autor de um blog sobre educação à distância José Mattar concorda. Sozinhos, os cursos via SMS não devem fazer milagres, mas combinados com outras formas de aprendizado – até virtuais como redes sociais, textos, áudio – são instrumentos poderosos. “Aprender uma língua envolve também som, conversa com outras pessoas. Acho que o uso somente de SMS tornaria a aprendizagem fraca, não seria suficiente.”


Frente de investimento
As operadoras veem nas plataformas educacionais uma maneira de agregar valor aos serviços que prestam, por isso devem continuar a desenvolver produtos nesta área. “Hoje acreditamos mais no SMS que nos aplicativos”, diz Fernando Gouveia, da a.Mobi. Com a tecnologia, as operadoras alcançam clientes que não têm poder aquisito nem tem tempo e apresentam produtos. Por R$ 0,99 por semana, um usuário pode ter aulas todos os dias via SMS e ganhar acesso ao mobile site para complementar o aprendizado. Ou seja, o serviço se torna também uma degustação do pacote de dados. Henrique Magalhães não se contentou com os SMS e aderiu ao pacote de dados. “Ainda assim, é mais barato que um curso tradicional.”


A Pure Bros, que faz a intermediação entre as operadoras e as desenvolvedoras de conteúdo, aposta 20% dos investimentos da área de Novos Negócios para serviços de e-learning e espera que os cursos via SMS sejam cerca de 5% do faturamento total até o final deste ano. Para 2013 eles esperam que o setor decole já que os serviços ficam mais conhecidos e o portfólio, maior, gerando um crescimento de 10% ao ano nas receitas. “O segmento de cursos por SMS é novo, coisa de um ano e meio, mas o foco é grande porque nosso mercado depende de ser atrativo para o cliente final e isso as mensagens de texto são”, diz Kaestli.


“Com o SMS, você horizontaliza o acesso e pode chegar a 90% da base de aparelhos. Isso não ocorre com os aplicativos”, diz Elia San Miguel, da Gartner. O mercado de telefonia móvel brasileiro, segundo ela, ainda é tímido e pode aproveitar muito o tempo móvel dos usuários oferecendo serviços como os cursos. A adoção de serviços de valor agregado em serviços móveis tem sido mais tímida na América Latina que no resto dos emergentes porque as empresas ainda não tinham encontrado um modelo de negócios rentável. “Há percepção de que preços de serviços têm de cair e estão indo nesta direção”, diz Elia.
“O SMS ainda é uma ferramenta popular dentre os clientes, mesmo entre os usuários de smartphones. A idéia é permitir o amplo uso do serviço e, com o SMS, não restringimos a solução apenas aos clientes com aparelhos que possuem acesso à internet”, diz Flávio Ferreira, Gerente de VAS da TIM.


Fonte: G1-NEGÓCIOS

Plataforma criada por ex-aluno do ITA libera 700 vídeos de matemática

Voltadas para alunos dos ensinos fundamental e médio, aulas são divididas por temas


Primeiro, Salman Khan revolucionou o ensino com suas aulas no Youtube. Depois, o MIT se uniu ao seu ex-aluno ilustre para também produzir vídeos educativos curtos voltados para melhorar a educação básica dos EUA. Agora, é a vez Brasil aderir ao movimento de olho na melhoria do ensino. A startup QMágico lança nesta sexta-feira, 18, na Feira Educar Educador, sua plataforma com 700 vídeos de matemática gratuitos, que têm entre 7 e 12 minutos de duração, endereçados a alunos dos ensinos fundamental e médio.




O site http://www.qmagico.com.br/ foi idealizado pelo cearense Thiago Feijão, 22, aluno de engenharia mecânica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). A ideia nasceu, conta o jovem, quando ele dava aulas para população de baixa renda em três ONGs, duas delas criadas por ele mesmo, em São José dos Campos. “Quando eu entrei no ITA, em 2008, eu decidi trabalhar com educação para fazer com que outras pessoas pudessem ter a oportunidade que eu tive”, diz Feijão, que ficava incomodado por não conseguir atender nem de longe a todos os estudantes que queriam assistir às aulas que as organizações ofereciam.


“Eu me perguntava: como eu faço uma coisa que seja escalável e sustentável financeiramente? Como replicar o que a gente faz aqui [ONGs] para o Brasil inteiro? Aí surgiu o QMágico”, diz. O click veio em um sábado, em março do ano passado, e já na quinta-feira seguinte, ele e alguns colegas disponibilizaram uma primeira versão, bem simples, para as ONGs. “Vimos que os professores gostavam e que os alunos gostavam, então resolvemos expandir.”


De março para cá a plataforma foi sendo aperfeiçoada e, a partir de hoje, os vídeos de matemática ficarão disponíveis para os alunos. Pelo site, será possível assistir a vídeos escolhendo por série, do primeiro ano do ensino fundamental ao pré-vestibular, ou por tema – geometria, álgebra, funções e análises combinatórias, por exemplo. As imagens mostram sempre uma lousa ou um caderno sendo preenchido com conteúdo enquanto uma voz ao fundo dá explicações. Também estão disponíveis exercícios e testes sobre os temas oferecidos.


Os donos das vozes são, na maioria das vezes, estudantes das melhores universidades do país que receberam bolsa para ensinar determinado assunto a crianças e jovens ou professores das ONGs lideradas por Feijão. “Nós convidamos para fazer os vídeos e ensinamos o padrão. Temos um cronograma de desenvolvimento e já oferecemos toda a matemática de ensino básico bem estruturada, então o professor consegue encaixar os vídeos no currículo”, afirma o estudante, que prepara a oferta de vídeos de língua portuguesa e física.


A sustentabilidade financeira do QMágico ocorre por meio da oferta de outros dois tipos de serviço, que são vendidos para escolas, redes de ensino e governos. O primeiro é uma plataforma de aprendizagem virtual, em que as instituições de ensino podem inserir seus conteúdos, propor atividades on-line, fazer avaliações de alunos, além de acompanhar o desenvolvimento dos alunos e professores de maneira individualizada.


O segundo serviço é um pacote de treinamento para professores e instituições com orientações para o uso das tecnologias em sala de aula – a adaptação ao blended learning, essa utilização casada de atividades virtuais e reais que tanto preocupa educadores mundo afora. Segundo Feijão, um dos métodos que o QMágico aplica nesses treinamentos é conhecido por rotation lab, quando a turma é dividida em três grupos, ficando os alunos do primeiro terço mexendo no computador, os do segundo fazendo exercícios e os do terceiro com o professor, que já viu o que os alunos fizeram no ambiente on-line e dá explicações específicas e tira dúvidas.


Fonte: PORVIR

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Curso superior a distância atinge mais de 930.000 matrículas no Brasil

Maioria dos inscritos em 2010 era para licenciatura, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep)


Os cursos superiores a distância atingiram a marca de 930.179 matrículas no país. Os dados fazem parte do resumo técnico do Censo da Educação 2010, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).


Dos cursos superiores a distância, em 2010, 46% eram voltados à licenciatura. Bacharelado respondia por 29% e, tecnológico, por 25% do total. Nos cursos presenciais, a situação é oposta, com 73% das matrículas para bacharelado e 17% para licenciatura.


Há diferença também quando ao perfil do estudante presencial e daquele que estuda pela internet, segundo o Inep. No primeiro caso, metade dos matriculados tem até 22 anos e a média de idade geral é de 25 anos. Já na modalidade a distância, o ingresso acontece mais tarde e a idade mais frequente é 28 anos.


Pelo censo, o típico aluno da educação superior é mulher, estuda em universidade privada e no período da noite e conclui o curso, em média, aos 23 anos. A distância, o estudante faz o seu horário e a idade média que tem ao terminar é 31 anos. Já o professor típico das universidades brasileiras é homem. Nas insituições públicas, o docente tem, em média, 45 anos e possui título de doutor, enquanto na rede privada ele é mais jovem, tem cerca de 33 anos, e fez mestrado




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Investimentos em educação continuam distante dos padrões internacionais.


Apesar de terem crescido nos últimos dez anos, os investimentos públicos nas áreas de saúde, infraestrutura e educação no país, ainda estão longe de alcançar os padrões internacionais, segundo levantamento apresentado nesta terça-feira (15) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre o ano de 2010.


O estudo Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas Públicas destaca o papel que as áreas sociais desempenharam, na primeira década dos anos 2000, para sustentação e dinamização da economia.


Na educação, os investimentos públicos representaram 5% do PIB (Produto Interno Bruto). De acordo com o Plano Nacional de Educação, o padrão internacional, que é de 7%, seria alcançado em 2020. Há dez anos, eram investidos cerca de 3% do PIB na educação. Na saúde, os investimentos somaram 3,77% do PIB. Em dez anos, houve crescimento de 1,27 pontos percentuais. “Seria necessário quase dobrar os investimentos para alcançar o padrão internacional de 7%”, explicou Aristides Monteiro Neto, coordenador do estudo.


Os recursos destinados ao setor de infraestrutura de transporte, por sua vez, representaram 0,7% do PIB, enquanto o padrão internacional é 3,4%. Há dez anos, o percentual era 0,2%. Os padrões têm como base os países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que agrupa os países mais industrializados do mundo.


“Temos um caminho ainda de construção de investimento na área social. O desafio é fazer isso sem comprometer as exigências do investimento em infraestrutura”, disse o presidente do Ipea, Marcio Pochmann. Um dos caminhos apontados pelo estudo é estimular investimentos pelo setor privado. De acordo com o estudo, o setor público atuou fortemente no estímulo a atividade produtiva nos últimos anos, mas a capacidade de investimentos já chega a um limite.


Para Monteiro Neto, diante da possibilidade de esgotamento das fontes de recursos, que não permitiria alcançar os patamares internacionais nas áreas sociais em médio prazo, é necessário ter foco na aplicação das políticas. “Países da América do Sul e Ásia que gastam 5% do PIB tem padrões educacionais melhores que o Brasil. Eles nos apontam que nem tudo é recurso financeiro. A melhor utilização do recurso existente pode gerar melhores resultados”.


O estudo mostra, ainda, um crescimento dos investimentos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, diminuindo a disparidade histórica com o Sul e o Sudeste. “Percebemos uma inflexão do ponto de vista da geografia do investimento. As regiões que eram menos dinâmicas foram as que mais cresceram. A região Centro-Oeste, por exemplo, é onde mais cresceu o setor industrial”, disse Pochmann.


terça-feira, 15 de maio de 2012

Ensino a distância é parceiro da educação – Entrevista

Após o lançamento de plataforma de ensino online, o responsável pela área acadêmica de Harvard diz que nenhuma instituição pode ficar de fora da web.
A internet costumava terreno de experimentações para as grandes universidades. Agora, ela é a peça central para o futuro de prestigiadas instituições. Na semana passada, a Universidade Harvard e Massachusetts Institute of Technology (MIT) anunciaram o edX, uma plataforma online de educação a distância que vai disponibilizar cursos e conteúdos na web a custo zero. “Nenhuma grande universidade hoje se furta a explorar as potencialidades da internet”, diz Alan Garber, responsável pela área acadêmica de Harvard e pela parceria com o MIT. “Estar ausente nessa seara não é mais uma opção. A pergunta que as instituições se fazem agora é quando e como abraçar a internet.” Este é não é o primeiro investimento de Harvard em educação online mas certamente é o mais ambicioso. Com a nova ferramenta, a universidade pretende conhecer melhor o processo de aprendizado dos estudantes e aplicar as descobertas em esforços para melhor a qualidade de suas aulas. “Com a chegada da internet existe uma revolução”, diz Garber. Para os que temem que a os avanços da internet minem as relações interpessoais proporcionadas pela convivência diária no campus, o acadêmico respode: o ensino a distância é um aliado da educação. Confira a entrevista que Alan Garber concedeu ao site de VEJA:

Quando começaram as discussões para a criação do edX? Há bastante tempo discutíamos em Harvard o tema da educação à distância. A parceria com o MIT em especial surgiu há cerca de cinco meses. Percebemos naquele momento que as duas instituições tinham muito em comum e as coisas acabaram acontecendo muito rápido.


O que motivou essa parceria? Queremos oferecer educação de qualidade para todo o mundo, melhorar o aprendizado em nosso próprio campus e realizar pesquisas aprofundadas a respeito de como as pessoas aprendem para, posteriormente, utilizarmos esses dados para aperfeiçoar a maneira como ensinamos. O edX foi criado para satisfazer esses nossos três objetivos.


A que o senhor se refere quando diz que pretende conhecer com profundidade a maneira como as pessoas aprendem? Tradicionalmente quando pensamos em medir como as pessoas aprendem, pensamos em testes padronizados que aferem o conhecimento e a partir daí são analisadas possibilidades que podem melhorar o aprendizado. Com a chegada da internet existe uma revolução. Agora sabemos com precisão o tempo que cada estudante gasta resolvendo um exercício ou quantas vezes ele precisa assistir a um vídeo até que apreenda todo o conteúdo. Sabemos onde ele clica, quando ele pausa, acelera ou simplesmente desiste de resolver algum problema. Isso tudo nos dá a dimensão exata da evolução de cada um dos estudantes e de seu processo de aprendizagem. Ainda está em discussão que tipo de dados vamos coletar e como eles serão utilizados. De qualquer forma, trata-se de um projeto bastante ambicioso.


O edX é a primeira incursão de Harvard no ensino online? Não. Já temos em funcionamento a Harvard Extension School, que oferece vídeos, cursos e certificados profissionais. Mas com o edX é a primeira vez que trabalhamos em parceria com outra instituição nessa campo.


Diante dos avanços da tecnologia, uma grande universidade pode se furtar a fazer usos de ferramentas online hoje em dia? Não. Estar ausente nessa seara não é mais uma opção. Esse é um ponto pacífico pelo menos aqui nos Estados Unidos. As universidades não se perguntam mais se vão ou não vão fazer uso de plataformas online. A pergunta que elas se fazem agora é quando e como abraçar a internet. Elas estão convencidas de que essa ferramenta vai ajudá-las em sua missão. Algumas já fizeram investimentos milionários nessa área há alguns anos e outras estão esperando. Nós, Harvard e MIT, acreditamos que o momento certo é agora.


Harvard é uma das mais prestigiadas e rigorosas universidade do mundo. Os padrões de qualidade serão os mesmo na internet que no campus da instituição? Tenho a certeza de que nosso padrão será o mesmo, mas as formas de avaliar o sucesso dos alunos e da metodologia empregada serão diferentes pelo simples fato de que os cursos serão diferentes. O conteúdo disponível na internet não é o mesmo que estará na sala de aula.


Existe um público específico que atende aos cursos online ou eles são feitos para todo mundo? Essa é uma questão a ser respondida com o tempo. Ainda não é possível dizer com precisão que tipo de aluno aprende melhor na internet. O que sabemos até o momento devido às nossas experiências anteriores é que esse tipo de ensino atinge um número grande de pessoas uma vez que é possível ter flexibilidade e as barreiras geográficas são minimizadas na web. Mas também é verdade que algumas pessoas se adequam melhor ao sistema online que outras. Com o passar do tempo, saberemos mais sobre isso e como identificar cada um dos grupos.


É possível ensinar disciplinas mais densas e complexas como filosofia na internet?Esse também é um tema que vamos descobrir ao longo da experiência. Vamos oferecer cursos de ciências humanas também e analisar como eles funcionam na prática. Eu tendo a acreditar que é possível sim, mas é necessária uma abordagem diferente da de um curso de negócios ou de computação.


Algumas pessoas se perguntam se os cursos online vão matar o contato pessoal, tão importante durante a formação dos universitários. Qual a reposta do senhor a esse temor? Não vejo que em um futuro próximo os cursos online vão acabar com o relacionamento interpessoal. Ao contrário: acredito que eles estarão caminhando juntos, em prol da educação. Com a internet, por exemplo, podemos repensar a maneira como usamos o tempo dentro da sala de aula. Isso dá liberdade para que professores e alunos experimentem novas formas de aprender. Isso porque os mestres esperam que os estudantes tenham contato com a matéria em casa e vão às aulas para discutir ou levantar questionamentos mais profundos e não para ter uma aula expositiva, como ainda acontece na maioria dos casos. Além disso, existem milhares de pessoas ao redor do mundo que gostariam de estar em Harvard mas, por diversos motivos, não podem chegar até nós. Uma plataforma online é a chance de ter ensino de excelência em qualquer canto do planeta.


Fonte: Revista Veja

Diretor de Educação a Distância fala sobre o Sistema UAB

O diretor de Educação a Distância da Capes, João Carlos Teatini, concedeu entrevista ao programa NBR Entrevista da Empresa Brasil de Comunicação.
No programa foi abordado o início da educação a distância no país, o objetivo do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), criado em 2006, e a qualidade dos cursos na modalidade a distância.
Veja a íntegra da entrevista:



O MEC (Ministério da Educação) tem o plano de triplicar o número de matrículas em cursos públicos de EAD (Educação a Distância) até 2014, passando dos atuais 210 mil alunos para 600 mil. O dado é do diretor de Educação a Distância da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), João Carlos Teatini, responsável pelo programa UAB (Universidade Aberta do Brasil). Entre os obstáculos, segundo o gestor, estão o preconceito e a resistência ao modelo e as dificuldades de conexão e falta de banda larga pelo país.


A UAB é um sistema integrado por universidades públicas de todo o país, que oferecem ensino superior a distância. Implantada no segundo semestre de 2007, ela dispõe de cursos de licenciatura, formação pedagógica, bacharelado, tecnólogo e sequenciais. Há também formação continuada nas modalidades de especialização, aperfeiçoamento e extensão, e o Profmat (Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional). Atualmente, a UAB tem cerca de 11 mil professores formados em graduações e outros 16 mil concluintes.

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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Cursos a distância com desconto de até 82%

O Instituto EADVIRTUAL lançou um projeto de educação continuada a distância e está com todos os cursos livres em promoção. Descontos de até 82% nos cursos
online.
Os cursos livres do  Instituto EADVIRTUAL – Ensino e Pesquisa Ltda – CNPJ 04217906/0001-13 – são amparados pela lei de diretrizes e bases da educação
nacional (lei n° 9394/96), pelo decreto federal n° 2.494/98 e decreto n° 2.208, de 17/04/97
São totalmente a distância e não tem encontros presenciais.
O certificado é enviado para a residência do aluno.
Alguns cursos do Instituto EADVIRTUAL.
…. entre outros.

Aproveite.

Visite o site www.eadvirtual.com.br

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Ex-presidente de Harvard vai criar universidade virtual

O que é possível fazer com US$ 25 milhões num período de dois anos? Larry Summers, que foi secretário americano do Tesouro e presidente de Harvard, aceitou o desafio de, com esse dinheiro e nesse espaço de tempo, ajudar a construir a melhor universidade online do mundo.
Chamado de Minerva, o projeto se autodenomina “a primeira universidade americana de elite lançada nos últimos cem anos”. A brincadeira faz referência ao fato de a mais nova instituição da Ivy League, organização que reúne as universidades top dos EUA, ter sido criada em 1865.

Entre os envolvidos com a fundação da instituição estão figuras de renome como Ben Nelson, empresário de 36 anos com experiência no mercado digital, além do fundo Benchmarck Capital, especializado em startups e responsável pelo aporte milionário de verba inicial.

A proposta desse time é criar uma instituição que entenda a internet como um meio legítimo de acesso a conhecimento de alta qualidade. “O papel pedagógico de Minerva é preparar os alunos para prosperar no mundo real”, diz o site ao definir os seus pilares.

“Quase todos os aspectos do Projeto Minerva são inovadores. O mais importante é que o currículo da universidade é centrado em um orientação analítica que ensina os estudantes a pensarem criticamente em qualquer circunstância”, disse a assessoria do projeto ao Porvir. A instituição usa a figura de Minerva, deusa da sabedoria, e tem como slogan “inteligência crítica”.

Com um processo de admissão rigoroso e a missão de formar líderes internacionais, Minerva deseja atrair não apenas alunos que costumam se inscrever para universidades como Harvard, Yale e Stanford, mas também bons alunos espalhados pelo mundo que não chegam a essas instituições. “Nossa missão é acelerar a trajetória de vida dos estudantes mais brilhantes e dedicados do mundo para construirmos coletivamente nosso futuro”, afirma a instituição.

Os estudantes terão à disposição cursos nas áreas de ciências sociais, ciências naturais, ciência da computação e negócios. Como nas universidades tradicionais, os cursos terão quatro anos. No primeiro, a sugestão é que eles vivam em seu país de origem e recebam uma formação básica. Nos subsequentes, os jovens serão encorajados a viverem em outras cidades ou países para incorporarem essa vivência em suas formações.

Se a intenção é promover um ensino de excelência comparável ao das universidades top dos EUA, uma diferença, no entanto, poderá ser sentida no bolso: como a plataforma é online, os fundadores esperam conseguir que as taxas sejam ao menos metade dos US$ 50 mil anuais cobrados nas outras instituições.

Também seguindo essa tendência, São Paulo lançou, na semana passada, a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), voltada exclusivamente para o ensino à distância. A instituição terá R$ 24 milhões para dar início às atividades. Em quatro anos, a intenção do governo estadual é ter 24 mil alunos matriculados em cursos de Engenharia de Produção e da Computação e em Tecnologia em Processos Gerenciais.

Fonte: ESTADAO