sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Pierre Lévy – Novas Formas de Saber

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As tecnologias de comunicação, mesmo as mais avançadas, não são capazes de construir por si próprias novas formas de saber e de inteligência. Isso porque, seu impacto sobre as existências individuais e coletivas depende diretamente da habilidade das pessoas que as utilizam. A afirmação é do filósofo francês Pierre Lévy, celebrado como um dos pensadores de ponta da cibercultura. Afinal, defende o criador do conceito de inteligência coletiva, ao longo da história, os seres humanos vêm se adaptando a padrões estabelecidos pelos mais diversos tipos de equipamentos, dos telefones convencionais aos tablets, fazendo os mais diversos usos deles. É a habilidade demonstrada pelas pessoas na interação com os equipamentos que torna mais ou menos ricas a produção e a transmissão de informação mediada pela tecnologia e, consequentemente, o processo de produção do conhecimento. Leia, a seguir, a íntegra da entrevista coletiva concedida por Lévy recentemente em São Paulo e da qual a Pré-Univesp participou.

Pré-Univesp: Muitas pessoas afirmam a relação entre homem e computador ou celulares como sendo intuitiva, em especial os desenvolvedores que trabalham a usabilidade. O senhor considera que a tecnologia simplifica ou complica a vida das pessoas?

Pierre Lévy: A resposta simples: complica! (risos)

Pré-Univesp: Em que medida a aprendizagem de uma nova tecnologia é intuitiva ou depende de processos ou movimentos educacionais (não necessariamente formais) e culturais? Entender a relação tecnologia e homem como intuitiva não acaba sobrepondo diferenças culturais, étnicas, etárias ou socioeconômicas?

Pierre Lévy: É verdade que os grupos sociais que vivem em condições desfavoráveis têm mais dificuldade para utilizar as novas formas de comunicação. Há uma espécie de padronização dos protocolos de comunicação no mundo todo. Tomemos dois exemplos. O primeiro é o telefone. Usar alguns números para contatar uma pessoa é muito estranho, se pararmos pra pensar. Mas com a usabilidade, é possível selecionar o nome de quem se deseja contatar e a ligação é feita. Esquecemos os números, mas eles estão ali. Por causa da padronização podemos telefonar de qualquer ponto do mundo para qualquer parte do globo. Assim, a padronização é inevitável. O segundo exemplo é o carro. Os carros são todos iguais. Há pequenas diferenças, como a mão da direção na Inglaterra, que é do lado esquerdo ou mecanismos automáticos que existem em alguns carros e em outros não. Mas todo o resto é exatamente a mesma coisa no mundo inteiro. E essa padronização simplifica a vida das pessoas, sobretudo das que viajam. É evidente que se pode ter uma adaptação local, mas eu acho que no futuro a padronização industrial vai continuar, especialmente no campo das comunicações e telecomunicações. Essa é uma tendência irrefreável. E eu acho que isso é bom, pois não haveria internet se não tivéssemos o sistema de endereçamento padronizado. Não haveria world wide web sem sistemas universais de páginas, URLs, e assim por diante. Se quiser ainda outro exemplo, temos o formato digital para músicas mp3, que é o mesmo para diferentes tipos de música. No nível técnico, isso é completamente padronizado. Assim, a padronização da técnica é uma coisa e a padronização do conteúdo é outra completamente diferente. Existe a música africana, a música brasileira… Por isso, precisamos distinguir a padronização técnica da padronização cultural. Acredito que a padronização técnica é uma coisa boa para a mudança cultural; misturar diferentes tendências, diferentes correntes, diferentes culturas.

Pré-Univesp: Mas o fato de os produtos serem padronizados supõe que as pessoas terão a mesma facilidade para utilizá-los sejam elas de qualquer origem ou cultura?

Pierre Lévy: Esse é um aspecto material, de computadores, iphones… Mas eu diria que é difícil para todo mundo, muito mais para culturas orientais e países do hemisfério sul, especialmente, para a geração mais antiga, em qualquer lugar. É menos uma questão de país de origem do que de quantos anos tem o usuário dessas tecnologias. Eu tenho dificuldades. Não gosto de smartphones, são muito pequenos, a visualização é difícil… Não gosto.

Pré-Univesp: Nós temos hoje em dia os smartphones, os tablets e diversos outros equipamentos que contribuem para o desenvolvimento da inteligência coletiva. Qual é o real papel dessas ferramentas nessa nova forma de construção do saber? Como elas podem definir essa construção?

Pierre Lévy: Não é o gadget que eu uso que é definidor: é a habilidade em usá-lo. O que é importante é que nós estamos agora criando ambientes em rede onde a comunicação é ubíqua. Isso quer dizer que de qualquer lugar é possível se comunicar com alguém que está conectado à rede. Este é o primeiro aspecto. O segundo aspecto é que nós temos hoje uma capacidade quase infinita para guardar informação, e isso praticamente sem custos. E o terceiro aspecto é que nós temos um tremendo crescimento da potência computacional, que é a capacidade de o computador fazer operações automáticas através de números, através de símbolos, tornando mais eficaz o processo de comunicação. Então existem: a potência computacional, a comunicação ubíqua por internet e a capacidade quase infinita de guardar informações. Com esses três aspectos nós temos um novo ambiente de comunicação, e esta é a base técnica para o desenvolvimento de um novo tipo de inteligência coletiva. Se existem essas três ferramentas, automaticamente se desenvolve um ambiente forte de comunicação que permite desenvolver a inteligência coletiva. A exploração ou o uso dessa capacidade depende de cada um e não das ferramentas.

Pré-Univesp: Como os processos cognitivos impulsionados e modelados pelas atuais tecnologias de comunicação móveis, que estão avançando forte e rapidamente, diferem das tecnologias digitais de cinco, dez anos atrás?
Pierre Lévy: Não há tantas diferenças assim. A comunicação móvel teve avanços e a noção de ubiquidade está em todo lugar e em todas as coisas. Essa é a principal diferença. Para todo o resto, não há grandes diferenças, a meu ver.

Pré-Univesp: Hoje nós temos uma infinidade de ambientes virtuais abertos que podem ser usados na educação, além de novas tecnologias que se apresentam a todo momento. Que tipo de impacto esses ambientes e essas tecnologias estão causando no ensino?

Pierre Lévy: A primeira dificuldade em responder esta questão existe porque nós temos a educação primária, a secundária, a educação superior e, além disso, a pós-graduação sendo que cada uma tem seu estilo de aprendizado. Eu penso que, na educação primária, o relacionamento das crianças com os números, com as palavras, pode ser francamente fortalecido quando elas têm a possibilidade de manipular esses elementos – eu digo as palavras e os números – em telas, seja em computadores ou em tablets. E melhor ainda se essa dinâmica for realmente interativa, online. Então, é possível fazer uso de todas essas tecnologias na educação primária. Mas eu tendo a pensar contra a ideia de um impacto da tecnologia na educação. Não há um impacto da tecnologia na educação. Há ferramentas que estão disponíveis e há educadores que podem usar essas ferramentas de um modo ou de outro. O modo como se usa essas ferramentas é que é importante e não as ferramentas em si. É possível criar várias estratégias de ensino fazendo uso dos mesmos instrumentos, mas não há um impacto que seja automático e universal. Cada um pode explorar essas ferramentas a partir de uma determinada estratégia pedagógica: e é essa forma de aplicação que realmente define a eficácia da utilização dos instrumentos.

Pré-Univesp: A educação faz a ponte entre o passado, o presente e o futuro, pois é a via de transmissão cultural, em sentido amplo. Com o avanço das tecnologias de comunicação, o senhor entende que a educação vem perdendo sua centralidade nesse processo?

Pierre Lévy: De forma nenhuma. Tudo o que uma geração aprende depende do que a geração anterior deixou. As novas tecnologias são ferramentas muito poderosas para a transmissão do conhecimento, sendo o transmissor e o receptor muito ativos nesse processo, sobretudo quando se considera o tamanho da memória contemporânea e também a capacidade de processar informações. Estou falando de poder computacional. O maior problema que enfrentamos agora é a capacidade de usar corretamente, ou de otimizar essas novas ferramentas. Ressalto aqui que a world wide web surgiu há apenas uma geração atrás. É muito pouco na escala da evolução cultural. Vai levar provavelmente… não sei… três, quatro, cinco gerações até que tenhamos desenvolvido uma cultura para usar essas ferramentas da melhor forma possível.

Pré-Univesp: Há um livro recém lançado no Brasil cujo nome é The shallows: what the internet is doing to our brains. Nesta obra, o autor Nicholas Carr se posiciona, em muitos momentos, contra o uso da internet. Um de seus argumentos é de que se trata de um tipo de ferramenta que funciona como uma extensão do nosso próprio cérebro, e que seu uso constante faz com que exista uma nova maneira de se informar e de pensar. O resultado disso é o condicionamento a determinada forma de lidar com o saber: uma maneira que não leva em conta a necessidade de concentração, reflexão e paciência necessárias à apreciação de um bom romance, por exemplo. Como o senhor avalia esse tipo de crítica?

Pierre Lévy: Eu concordo que essas ferramentas tenham se tornado extensões de nossos cérebros e que condicionem formas de pensar, como toda mídia dominante. É o caso da escrita também, que condicionou nosso cérebro. Agora, quanto ao problema da dificuldade de concentração, vejo novamente como um problema de educação, de disciplina cognitiva. Esquecemos que um dos principais objetivos da educação formal é fornecer aos jovens disciplina cognitiva, sem a qual não se consegue nada. Então, se usarmos essas novas ferramentas com uma forte disciplina cognitiva, focando em prioridades, nas coisas mais importantes, usando enciclopédias e dicionários, contatando pessoas que sabem mais que nós sobre determinado assunto, com capacidade de colaborar, criar algo coletivamente, é fantástico. É preciso também controlar sua própria mente. Se não fizermos isso, não será o computador que fará por nós. Ele é uma extensão do cérebro que depende de como o cérebro funciona, claro (risos). Essa disciplina nunca foi natural. Fazer uma criança ler um livro do começo ao fim sempre foi difícil. A tendência é querer sair, brincar, fazer outra coisa, ver televisão. Hoje, acho que há mais tentações para a distração. Assim, a educação para a disciplina cognitiva deveria ser reforçada. Não vejo outra solução que não adaptar a educação.

Pré-Univesp: Como podemos resolver a questão da propriedade intelectual no universo das mídias digitais?

Pierre Lévy: Esse é um problema muito interessante e muito complexo porque, por exemplo, as pessoas que escrevem romances fazem dessa atividade o seu meio de sobrevivência, e não há como querer que elas abram mão de seus direitos autorais. Mas, considerando outro aspecto da questão, é necessário encorajar as pessoas para a criação intelectual e seu compartilhamento gratuito. Existe ainda o argumento em relação a guias, manuais, ou livros que são utilizados na educação: é completamente contraprodutivo ter que pagar por eles – nós deveríamos poder reproduzi-los sem custos. Eu não sei a resposta correta (para esse problema), mas o que posso dizer, como membro da comunidade acadêmica, é que minha posição é a de que cada livro ou artigo acadêmico deveria ser publicado gratuitamente na internet. É completamente paradoxal que livros científicos sejam tão caros. Vocês podem perguntar: – Tudo bem, então por que você não publica seus livros de graça, na internet? Minha resposta é: – Se eu disponibilizo meus trabalhos em meus sites pessoais, isso não irá contribuir para a minha carreira acadêmica. Porque eu tenho que mostrar essa produção em jornais científicos e outros veículos como esses. De um lado, tenho que apresentar meus trabalhos através de publicações consideradas sérias, e por outro lado eu não quero receber os direitos por meus livros: eu quero apenas que as pessoas os leiam. Em meu caso, em particular, alguns dos livros que escrevi estão disponibilizados gratuitamente na internet. Isso pra mim não é um problema, mas é uma questão para os meus editores. É uma situação difícil. Penso que estamos em um momento de transição e que progressivamente iremos encontrar soluções de acordo com as diferentes situações, para as diferentes pessoas, nos diversos setores da sociedade, e o problema da propriedade intelectual será suprimido. De qualquer modo, acredito que o acesso ao conhecimento científico deva ser facilitado: essa é, de uma maneira geral, a minha posição.

Pré-Univesp: Esta é uma questão sobre a memória. A maioria das ferramentas que criamos para a internet considera a questão da memória. A internet, aliás, é um tipo de memória que está fora do nosso corpo. Existe alguma mudança ocorrendo para que a web não seja apenas uma ferramenta de acesso ao esquecido ou ainda desconhecido, mas também um instrumento de reflexão?

Pierre Lévy: Eu penso que a inteligência coletiva das diferentes comunidades que estão se comunicando através da internet não é reflexiva o bastante. É muito difícil imaginar ou ter conhecimento sobre o modo como nós conhecemos alguma coisa, o modo como construímos nosso conhecimento. Uma situação que eu posso usar como exemplo nesse caso é: quando se lê um artigo da Wikipedia, é verdade que é possível entrar na página de discussão sobre como foi construído aquele verbete. Isso não existe em outros ambientes, e mesmo no caso da Wikipedia é muito difícil porque é necessário acessar as páginas, clicar, procurar. Então, eu sonho com uma situação onde possamos ter uma espécie de espelho de criação da inteligência coletiva, que nos ajudará a sermos criativos e a colaborar da melhor maneira possível. Se nós tivermos o espelho e não apenas a nossa inteligência pessoal, nossa consciência receptiva, mas um tipo de consciência reflexiva a respeito de nossa inteligência coletiva, já teremos muito. Mas hoje esse não é o caso. Logo, para mim, uma das pesquisas mais importantes que devemos realizar segue por esta via.

* O filósofo Pierre Lévy falou sobre conhecimento e interação com as tecnologias de informação e comunicação, em entrevista coletiva no Auditório da Coordenadoria de Tecnologia da Informação da Universidade de São Paulo (USP). Esta entrevista foi publicada também na edição número 131 da revista ComCiência, de setembro de 2011.
Videos: Pierre Lévy – As formas do Saber

A Relação entre Educação e Cibercultura na perspectiva de Pierre Lévy – CLIQUE AQUIPDF

Linguagens, Comunicação e Cibercultura: novas formas de produç ão do saber – CLIQUE AQUIPDF

Educação a distância: a educação democrática do futuro

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Para um número considerável de brasileiros a educação a distância foi muito importante, já que se não fosse essa modalidade de educação, certamente seus planos de concluírem um curso superior demorariam muito mais.
Muitas mudanças – boas, diga-se de passagem! – ocorreram com o advento da educação a distância, em especial em relação aos cursos superiores nessa modalidade. Muitas pessoas, apesar da falta de tempo ou devido à distância, conseguiram concluir o tão almejado curso superior. Além disso, a inserção ao mercado de trabalho ficou muito mais fácil, embora ainda haver preconceito contra cursos nessa modalidade.
Para um número considerável de brasileiros a educação a distância foi muito importante, já que se não fosse essa modalidade de educação, certamente seus planos de concluírem um curso superior demorariam muito mais.

A educação a distância nos permite estudar, a despeito da falta de tempo. Por morarem distantes dos grandes centros urbanos ou por trabalharem em horários flexíveis – por escalas, por exemplo -, muitas pessoas não têm possibilidade de cursar uma faculdade no horário regular. Assim, ou esperam por melhores condições de trabalho e disponibilidade de tempo para poderem cursar uma graduação ou tentam conciliar seu tempo com uma modalidade que melhor se adeque a sua realidade.
Com a educação a distância aumentou-se o consumo de novas tecnologias. Isso devido à necessidade de computadores mais potentes e outros mecanismos, como internet banda larga, para o ensino-aprendizagem nessa modalidade.

Embora haja vantagens advindas com esta (não tão nova) maneira de estudar, ainda encontramos resistência de empregadores e de alguns segmentos da sociedade. Profissionais formados por meio de cursos superiores a distância ainda são vistos como menos qualificados. Isso se dá, talvez, por mero desconhecimento da qualidade desses cursos.

Outro ponto considerado negativo da educação a distância é a falta de interação entre os participantes. Entidades de ensino que não criam mecanismos para que seus alunos e professores interajam além de horários pré-determinados não estão favorecendo a troca de informações e a ampliação do conhecimento. Horários específicos são usados na educação presencial. O estudante que opta por educação a distância não pode ficar “preso” a horários para se comunicar com professores e demais colegas de curso, já que escolheu essa modalidade de ensino-aprendizagem pela flexibilidade de horários.
Desde a regulamentação dos cursos superiores a distância – através do Decreto Federal nº 5.622/2005 (regulamenta o artigo 80 da Lei 9.394/1996) – a qualidade desses cursos melhorou muito. Critérios de qualidade do ensino, como a infra-estrutura da entidade, a qualificação dos docentes entre outros, foram revistos pelo Ministério da Educação (MEC), a fim de dar maior credibilidade a essa modalidade de educação. Com isso, entidades de ensino superior que não atendem os critérios de qualidade do MEC estão sendo descredenciadas para a oferta de cursos superiores a distância.

O MEC acredita tanto nessa modalidade de educação que em 2004, por meio da Portaria MEC nº 4.059, de 10.12.2004, permitiu às instituições de ensino superior introduzir, na organização pedagógica e curricular de seus cursos superiores reconhecidos, a oferta de até 20% de disciplinas integrantes do currículo na modalidade semipresencial. Em suma, a modalidade de educação a distância veio proporcionar facilidades para a qualificação profissional. Cursos online - de línguas a cursos superiores – vieram mudar a perspectiva de pessoas que não teriam outra maneira de se qualificar. A aceitação desses cursos é tamanha que empresas privadas e estatais – o Governo federal e alguns Governos estaduais, a exemplo do Estado do ES – qualificam seus servidores através de cursos online ou semipresenciais. Por fim, a modalidade de educação a distância é boa tanto para o profissional quanto para o empregador, já que proporciona qualificação profissional sem a necessidade de deslocar funcionários para outro espaço físico nem a necessidade de horário fixo para o desenvolvimento de cursos diversos. Assim, chegamos à conclusão que, de fato, além de democrática essa é a modalidade de educação do futuro! Autor: MOACIR DA SILVA GARCIA  - Fonte: Portal Administradores
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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Lousas eletrônicas nas escolas de todo país

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Uma da s novidades tecnológicas que o MEC planeja levar às escolas de todo o Brasil é a lousa eletrônica – composta de uma caneta e um receptor, que devem ser acoplados ao projetor Proinfo (equipamento com computador e projetor ofertado pelo MEC aos estados e municípios). O registro foi feito pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá, nesta quinta ( 22 ) durante pronunciamento no plenário do Senado.
Segundo Jucá, além da lousa eletrônica, o leitor em braile também fará parte dos equipamentos tecnológicos que o MEC pretende instalar em todas escolas brasileiras. A lousa eletrônica está em processo de licitação para compra no FNDE.
- Tanto a lousa quanto o leitor em braile são equipamentos que irão contribuir substancialmente com a melhoria do ensino brasileiro; pois facilitam a vida do professor e dos alunos . Sem dúvida vou trabalhar para levar estas facilidades tecnológicas para Roraima – disse Romero Jucá.
O protótipo do leitor em braile,  permitirá que alunos com deficiência visual escrevam e ao mesmo tempo ouçam o que escrevem. A ferramenta tem uma câmera digital que captura as imagens de um livro ou jornal, por exemplo, e transforma a imagem em texto em braile, gerando o áudio correspondente. Por meio de um visor, o professor poderá acompanhar o trabalho do estudante. O protótipo, desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), está em fase de testes e deve estar pronto em seis meses.
Novo modelo de compras economiza recursos e permite mais investimento nas escolas públicas
Jucá também elogiou durante seu pronunciamento no Senado, o novo modelo de compras adotado pelo MEC que permitiu economizar em dois anos, R$ 866 milhões na compra de equipamentos para escolas.
O orçamento do Ministério da Educação (MEC) passou de R$ 19 bilhões em 2003 para R$ 62 bilhões em 2010, com um empenho em tornar o uso dos recursos mais eficiente. O modelo de aquisições adotado pelo MEC e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) possibilitou economia de R$ 866 milhões de recursos públicos em dois anos.
O resultado das compras também beneficia estados e municípios, que podem adquirir os produtos por meio da adesão aos pregões eletrônicos de registro de preços feitos pela FNDE. Esse método tem sido adotado para a compra de uma gama variada de produtos, de uniformes e bicicletas escolares a computadores, livros e laboratórios do programa e-Tec, que oferece ensino técnico a distância.
O poder de compra em escala do Estado é usado para diminuir o preço e influencia a política industrial. O MEC compra para quase 60 milhões de pessoas: 50 milhões de alunos da escola básica, mais de seis milhões na educação superior e cerca de quatro milhões de profissionais de educação.
Modelo – O modelo de compras da área educacional se baseia na medição dos indicadores da rede de educação pública. Após analisar esses dados, são traçados os critérios de atendimento dessa rede. O planejamento das compras é, então, debatido em audiências públicas, para melhor especificação dos produtos. Em seguida é feito um estudo do mercado fornecedor para a definição do formato do pregão. “Além da uniformidade dos procedimentos, da padronização dos produtos e serviços, da racionalização dos processos e da redução dos custos operacionais, o modelo permite ganho em função da economia de escala, controle mais eficiente dos gastos, transparência e celeridade”, explica o secretário executivo do MEC, José Henrique Paim.

Fonte: MEC

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Educação a distância avança, mas é preciso cuidado na escolha

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O mais recente Censo da Educação Superior realizado pelo Ministério da Educação (MEC) mostra que, nos últimos dez anos, o número de matriculados em cursos de graduação a distância aumentou em mais de 15.000%. No ano 2000, havia 5.287 inscritos em todo o Brasil. Em 2009, esse número pulou para 838.125, uma trajetória histórica dos números de matrículas no EAD.
Apesar da educação a distância (EAD) em cursos de graduação ser um processo relativamente novo no Brasil, o ensinamento à distância é considerado uma modalidade antiga de educação. Para a professora de Educação, Comunicação e Tecnologia do campus Sorocaba da Universidade de São Carlos (Ufscar), Teresa Melo, que estudou o ensino semipresencial para a tese de doutorado em Ciências da Comunicação, as cartas bíblicas do apóstolo São Paulo foram os primeiros registros de educação a distância. “O objetivo das cartas era passar uma mensagem, um ensinamento. Aquilo já era educação a distância”, defende.
Com o passar dos anos, os mais variados meios para passar as mensagens foram utilizados, desde correios, rádio e televisão. Quando surge a internet e os meios digitais, as oportunidades de cursos à distâncias explodem. “O Instituto Universal Brasileiro sobreviveu tanto tempo e durante décadas formou tantos técnicos sem internet. Hoje ele se adaptou e também usa plataformas digitais.”
Teresa acredita que, com a internet, a educação a distância muda de status. “Antes, quem fazia não era valorizado. Hoje, as pessoas acham bacana fazer um curso a distância. Mas, embora o ensino a distância seja antigo, os meios de transmiti-lo são novos e mudam o tempo todo. Cada vez que a tecnologia evolui, mudam as possibilidades.”

Educação democrática
Para a especialista, não se trata de roubar o espaço dos cursos presenciais tradicionais. A educação a distância é uma alternativa e complementa a educação presencial tradicional. “Eu prefiro acreditar que todas as tecnologias digitais venham somar e não substituir”.
Com o universo de cursos à distância, a educação fica mais democrática, com a possibilidade de chegar a pessoas que não teriam chance de outra maneira. “É uma educação cidadã. Além da qualidade, é necessário trazer com ela a possibilidade de reflexão, de inserção social, de seriedade.”
E não são apenas as distâncias que são flexibilizadas. Além do espaço, os cursos trazem flexibilidade de horário, um bem cada vez mais precioso na sociedade contemporânea. “Isso dá oportunidade para muita gente que não teria oportunidade de estar presente num curso desses. Só isso já é um grande fator positivo.”

Problemas
Os mesmos problemas encontrados no ensino presencial também são os que afetam a qualidade dos cursos a distância. Teresa afirma que, independente da modalidade, o que importa é a seriedade com que a atividade educacional é encarada. “Uma visão equivocada da educação, falta de seriedade, mercantilização e massificação do ensino são os piores. Mas isso, qualquer curso em qualquer instituição, ensinado por qualquer modalidade, pode ser muito bom ou pode ser uma arapuca”, disse.
Além disso, outro ponto negativo do ensino a distância é a perda de outras vivências acadêmicas, como a vida universitária, por exemplo. “Há outras coisas que acontecem num espaço de ensino superior e que vão além da sala de aula. As aprendizagens não se restringem ao momento de ensino.”
Mas, mesmo assim, ela acredita no relacionamento pessoal à distância. “Engana-se quem pensa que à distância não existe o calor, o relacionamento pessoal. À distância, você pode conhecer muito bem uma pessoa sem nunca ter visto. Você pode estabelecer relações de amizade duradouras e fortes dessa maneira”, defende.

Profissional
“A educação a distância não vai tirar o emprego do professor”, afirma Teresa. Ela explica que, pelo contrário, até são necessários mais profissionais de educação envolvidos. Apesar da falta de estrutura física, a estrutura humana precisa ser maior para o ensino ser bem feito. “A educação a distância séria tem uma equipe muito maior que a disciplina presencial, inclusive com grupos multidisciplinares, como profissionais de Tecnologia da Informação, que precisam estar afinados.”

Estudante
De acordo com Teresa, o curso à distância depende mais do aluno que o presencial, por cobrar uma disciplina maior do estudante. “Flexibiliza tempo e espaço, mas exige uma disciplina de participação que precisa ser muito rígida. E entender que, mesmo distante, ele não pode deixar para depois, ele precisa estar o tempo todo ligado. Para o estudante, a modalidade também é novidade.”
As pessoas que mais se interessam pela modalidade são as que não possuem outras possibilidades no tempo ou no espaço. “Você pode imaginar até aquele estudante que está na Amazônia, distante de um centro que tenha uma universidade, como aquele que mora em São Paulo, mas não tem tempo para poder cursar uma graduação presencial. O perfil do estudante é bastante variado e também está sendo construído para entender as dificuldades da participação de um curso presencial”, afirma.

Solução
Teresa defende uma modalidade híbrida e bem estruturada como ideal para o ensino a distância. “Os cursos semipresenciais, com encontros presenciais e parte à distância são uma solução”, diz.
A massificação também compromete qualquer tipo de curso, de acordo com ela. Por isso, o ideal é que os cursos tenham no máximo 25 alunos por tutor. “A educação não pode ser uma estrutura de massa. No entanto, algumas instituições não trabalham assim porque barateia o custo quando coloca 100, 120 alunos sobre responsabilidade de um profissional. Isso não é educação séria, mas não é nem presencial nem à distância”.
Apesar de todas as qualidades dos cursos à distância, Teresa destaca que ainda há questões a serem analisadas. “Existem questões a se debater. O que dá para fazer à distância? Você consultaria um médico que fez uma faculdade à distância? Há limites no processo e é preciso pensar neles.”
Devido às discussões que ainda gera, a modalidade de ensino à distância, para Teresa, não deve ser tão elogiada nem criticada demais. “Depende de muito conhecimento, muito estudo, muita técnica e muita sensibilidade. Por isso, não se pode satanizar o EAD e nem simplificar e louvar demais. Ele não é o salvador da pátria, assim como as tecnologias digitais não são as salvadoras da educação. Elas podem ajudar, mas se eu não pensar como usá-las, não vão adiantar em nada”, finaliza.

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Cresce a oferta de cursos a distância nas empresas

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De olho em uma capacitação mais dinâmica de seus funcionários, as empresas brasileiras têm investido mais em treinamentos a distância.
De acordo com o último censo da Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância), de 2010, divulgado no dia 1ë deste mês, 35 empresas que ofertaram cursos corporativos aos funcionários concederam 724 treinamentos não presenciais –365 para profissionais de nível operacional. Em 2009, 23 companhias deram 561 cursos.
O número de universidades corporativas que disponibilizam ensino a distância, por sua vez, passou de 35 em 2007 para 99 em 2009.
“A flexibilidade da educação a distância permite que mais gente seja treinada em menos tempo”, avalia Ivete Palange, consultora da Abed.
Para empresas e consultores, reduzir custos e agilizar e uniformizar o treinamento são os motivos da alta. “Hoje há uma garotada [nas empresas] que aceita melhor [o treinamento a distância]“, frisa Sérgio Mônaco, gerente de treinamento e desenvolvimento do Hay Group Brasil.
Os números confirmam essa aceitação Ða quantidade de participantes dos cursos subiu 71,4% nos últimos três anos, segundo a Abed. O crescimento ainda se explica pelo fato de 19 das 35 empresas consultadas pela associação terem cursos obrigatórios.
A flexibilidade atrai Mariane Camargo, 31, representante de vendas da Smart Technologies. “Faço o treinamento de onde quer que esteja”, conta ela, que diz realizar cerca de 50 cursos por ano.



TREINAMENTO EXIGE ATENÇÃO

Para ajudar os funcionários a conhecer melhor os produtos que vendem, a GGD Metals, de aços e metais, realizou treinamento de seis meses em sua universidade corporativa unindo cursos a distância e presenciais.
“O ‘e-learning’ é mais rápido e mais fácil, mas não dispensa o treinamento presencial”, opina Gisele Irikura, 35, gerente de RH.
Vanderlei Bassi, 46, gerente regional de vendas da empresa, fez o curso, mas diz que o presencial é mais efetivo. “No on-line, você não tem resposta imediata”, afirma.



A troca de experiências é uma das vantagens do modelo presencial em relação ao on-line, reforça Lucila Yanaguita, consultora da Search. “O ideal seria um misto dos dois”, opina Yanaguita.
O que também dificulta a adaptação de profissionais ao ensino virtual é a necessidade de disciplina para cumprir tarefas sem a supervisão presencial do professor.
“É preciso saber organizar o tempo para realizar as atividades, e essa autonomia algumas pessoas ainda não têm”, pondera Elaine Turk Faria, professora da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul).
Na Panalpina, de logística, os funcionários têm 32 cursos a distância à disposição, entre obrigatórios e opcionais, e ainda contam com treinamentos presenciais.
ABRANGÊNCIA
Maicon Lopes, 32, analista de novos projetos da empresa, destaca que o curso a distância “facilitou” sua rotina, mas frisa que a “interação” do presencial é mais eficaz.
“[Os cursos a distância] são mais efetivos porque atingem mais empregados”, diz Ildeu Vellasco, 46, diretor de RH.
Ladmir Carvalho, 48, diretor-executivo da Alterdata Software, que há cinco anos adotou os cursos a distância nos treinamentos, concorda: “Agilizamos a preparação dos funcionários”.
Programador da empresa, Douglas Delati, 39, conta que a vontade de concluir uma graduação a distância -ele ainda não tem formação superior- cresceu depois do treinamento. “Aumentou minha certeza de que é efetivo, com a vantagem de que não preciso me deslocar.”

Fonte: classificados.folha.com.br

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

I Seminário Nacional de Tutores

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Foram divulgados os trabalhos aprovados para o I Seminário Nacional de Tutores de EaD, que será promovido pela ANATED, nos próximos dias 30/09 e 01/10. Ao todo, foram mais de 150 trabalhos desenvolvidos por tutores e pesquisadores e submetidos à comissão avaliadora.
A expectativa é que 5 mil profissionais e interessados participem online, o que torna o Seminário como sendo o maior evento de EaD do país com atividade síncronas. O sucesso está no engajamento dos apoiadores do evento, em especial, as instituições públicas participantes do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UABs). Ao todo, são mais de 60 instituições apoiadoras, entre Universidades, Centro Universitários, Institutos, Faculdades e Pólos de apoio presencial de todo o país.
Dentre os vários destaques está a participação do Prof. Dr. Daniel Mill (UFSCar), e que atualmente está realizando o pós-doutorado em Gestão Estratégica na Educação a Distância na Universidade Aberta de Portugal. O tema abordado por ele será “Condições de trabalho dos tutores”.
Confira a programação do I Seminário que conduzirá para a construção democrática da identidade da
tutoria no Brasil:

1º Dia de trabalho – Sexta-feira – 30 de setembro de 2011
8hCoffee / Inicio do Credenciamento
8h30Mesa inicial – Abertura do I Seminário Nacional dos Tutores da Educação a Distância
Luis Gomes – Presidente da ANATED – Associação Nacional dos Tutores da Educação a Distância
Paula Caleffi – Reitora da Universidade Estácio de Sá
João Carlos Teatini – MEC/CAPES/UAB – Universidade Aberta do Brasil (a confirmar)
Helio Chaves Filho –MEC/SERES – Diretoria de Regulação e Supervisão em Educação a Distância (a confirmar)
Fredric Michael Litto – Presidente da ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância (a confirmar)
Ricardo Holz – Presidente da ABE-EAD – Associação Brasileira dos Estudantes de Educação a Distância
9h20Palestra 1
Atribuições do Tutor na Educação Virtual
Prof.ª Dra. Marta M. Gomes Van Der Linden – UFPB – Universidade Federal da Paraíba
Coordenação do Programa de Capacitação Continuada da UFPB Virtual
10hRelato de experiência
Além da sala de aula: uma experiência num ambiente virtual de aprendizagem
Ieda Carvalho Sande ­ Universidade Estácio de Sá (UNESA)
10h15Relato de experiência
Formação Continuada de Professores à Distância:
análise do curso de especialização em tecnologia de informação e comunicação no ensino fundamental

Neuza Oliveira Marsicano
10h301ª Mesa de Trabalho
Características dos Sistemas de Tutoria
Prof. Dr. Waldomiro Loyolla Univesp – Universidade Virtual do Estado de São Paulo
Prof.ª Dra. Rita Maria Lino Tarcia – UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo
Prof. Ms. Alexandre Antunes Pereira Bastos – Universidade Estácio de Sá
Prof.ª Ms. Beatriz Bastos de Farias – Grupo e-Educa
Mediação: Prof.ª Esp. Débora Tomazzeli – Coordenadora da Revista EaD Tutor
12hAlmoço
13hPalestra 2
Curso a distância para alunos com deficiência visual – Preocupações e Cuidados na tutoria
Prof.ª. Doutoranda Yáskara Nogueira Paiva Cardoso- Pesquisadora CAPES/UNIMEP – Universidade Metodista
Resumo: Experiência na tutoria de um curso a distância de 360 horas para 10 professores com deficiência visual por meio de um site acessível. Cuidados na seleção do tutor, planejamento, acessibilidade, disponibilidade, suporte e avaliação são alguns pontos que serão demonstrados.
13h15Pesquisa: Trabalho Científico
Formação Continuada para Professores: abordagem teórico-prática do cotidiano de mediadores na educação a distância
Emmanuel Uchoa Marinho / Marisa Marchi Uchoa Espindola
13h30Relato de experiência
Atividade de Tutoria para Capacitação de Recursos Humanos em Novas Tecnologias de Comunicação e Informação
Fabricio Brunelli Machado ­Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ)
Merelane Emanoele Cardoso ­Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ)
Marise Maria Santana da Rocha ­Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ)
Leonardo Cristian Rocha ­Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ)
13h45Pesquisa: Trabalho Científico
A importância do tutor na educação a distância: uma visão dos tutores do núcleo de educação a distância da Universidade de Fortaleza,
que atuaram como alunos em cursos a distância

Lucíola Lima Caminha Pequeno ­ Universidadede Fortaleza (UNIFOR)
Aline Maria Matos Rocha ­ Universidadede Fortaleza (UNIFOR)
14hPalestra 3
O tutor no ambiente virtual de aprendizagem: competências e processos de desenvolvimento
Prof.ª Mestranda Marta Fernandes Garcia – Tutora UNESP e Pesquisadora UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas
Prof.ª Doutoranda Mônica Cristina Garbin – Pesquisadora UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas
15hCoffee break
Apresenteção de Pôsters:
– Tutoria a distância em São Sebastião da Boa Vista ­ Pará
Luciene Giuliani
Sanchez­ Universidade do Estado do Pará (UEPA)
– A importância das tics e da afetividade na prática do tutor
Carlos Eduardo Rocha
dos Santos ­Fundação Universidade Federal do Abc (UFABC),
Cristiano Bezerra ­Universidade Bandeirante de São Paulo (UNIBAN), Oswaldo
Ortiz Fernandes Junior ­Fundação Universidade Federal do Abc (UFABC)
– Avaliação no ensino a distância: Entre possibilidades e desafios
Aline Maria
Matos Rocha ­ Universidadede Fortaleza (UNIFOR)
– O tutor a distância e as interações pedagógicas virtuais
Yara Levy Martins de
Souza Sané ­Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
– Formação continuada do enfermeiro pela EaD via web: O programa de
proficiência do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) como iniciativa pioneira
de aprimoramento profissional

Marcelo Ricardo Rosa ­Universidade São Marcos
– Educação Corporativa, Educação a Distância e Passivo Trabalhista: Estudo de
Caso

Andressa Regina Senefonte
– Expansão da EaD na UNIFAP: A experiência do primeiro ano de funcionamento
do curso de matemática a distância da Universidade Federal do Amapá

Edcarlos
Vasconcelos da Silva ­Faculdade de Tecnologia do Amapá (META); Universidade
Federal do Amapá (UNIFAP); Faculdade Meta (META)
15h30Relato de experiência
O Papel do Professor – Tutor na Educação a Distância
Aline Maria Matos Rocha ­ Universidade de Fortaleza (UNIFOR)
15h45Pesquisa: Trabalho Científico
Modalidades de Relações e Diálogos em EaD
Cátia Zilio ­ Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
16hPalestra 4
Autorregulação da aprendizagem: algumas reflexões sobre elaboração de materiais e ambientes virtuais de aprendizagem
Prof.ª Doutoranda Adriane Martins Soares Pelissoni – Anhanguera Educacional / UNICAMP
16h45Palestra 5
A identidade pedagógica do Tutor. A experiência de 40 anos na UNED
Dr. Santiago Castillo Arredondo – Catedrático e Tutor da Universidade Nacional de Educação a Distância – UNED, Madrid – ESPANHA.
17h30Encerramento do dia
2º Dia de trabalho – Sábado – 01 de outubro de 2011
8hCoffee e Recepção
8h30Palestra 6
Prof. Dr. José Manuel Moran – Anhanguera Educacional
9h30Palestra 7
Professor, sua sala de aula é online! E a formação docente para a tutoria, como vai?
Prof.ª. Doutoranda Mara Yaskara – Pesquisadora CAPES/UNIMEP – Universidade Metodista de Piracicaba
Resumo: O professor que será um tutor e estará ministrando a sua aula a distância em um ambiente via web, necessita de uma formação específica para a execução desse trabalho. A aquisição do conhecimento tecnológico não é suficiente para uma ação de docência quando a presença do aluno é outra e a requisição de diferentes estímulos à aprendizagem. A palestra tem como objetivo uma reflexão sobre o que tem ocorrido com a formação docente nos diversos trabalhos de tutoria, desde sobre qual é a formação requerida pelas instituições, a formação ofertada aos futuros tutores, e o que é preciso realmente saber/conhecer para um eficaz e eficiente exercício da tutoria.
10h15Palestra 8
Condições de trabalho dos tutores
(videoconferência direto de Portugal)
Prof. Dr. Daniel Mill: Professor Adjunto da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde trabalha como Docente e Gestor de Educação a Distância (EaD). Está realizando Pós-Doutorado em Gestão Estratégica na Educação a Distância na Universidade Aberta de Portugal. É pesquisador e orientador de pesquisas na Educação e em Ciência, Tecnologia e Sociedade, tendo como foco de pesquisa o tema “Trabalho, Tecnologia e Educação a Distância”, com especial atenção aos desdobramentos da temática para a Gestão e Docência na EaD.
10h452ª Mesa de trabalho
Competências técnicas, pedagógicas e de gestão alinhados à tutoria
Prof. Dr. Roberto Paes de Carvalho Ramos – Universidade Estácio de Sá
Prof. Dr. Reinaldo Portal Domingo – UFMA – Universidade Federal do Maranhão
Mediação: Luis Gomes – Presidente da ANATED
12hAlmoço
13hRelato de experiência
Apontamentos sobre o curso a distância de disseminadores de educação fiscal, do PNEF – Programa Nacional de Educação Fiscal
Augusto Jeronimo Martini ­ Secretaria da Fazenda de São Paulo (SEFAZ)
13h15Pesquisa: Trabalho Científico
Ambientes Virtuais: Um novo Desenho Educacional na Construção do Conhecimento no Contexto Universitário
Sandra Martins Ferreira ­Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro (UNIVERCIDADE )
Ana D’Arc Maia Pinto ­Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro (UNIVERCIDADE )
13h30Relato de experiência
O Tutor na Educação Corporativa: a experiência da DATAPREV
Laurinda Maia Lopes – DATAPREV
13h45Pesquisa: Trabalho Científico
O Papel do Tutor na Aprendizagem do Aluno de EaD
Melissa de Souza Rabassa Colvara ­ Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
Thaís Philipsen Grützmann ­ Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
14hMomento cultural
14h45Palestra 9
A Importância da Tutoria Motivacional na EAD
Profª Ms. Rosimar Bizello Müller – Orientação Pedagógica da Tutoria do NEAD/Núcleo de Ensino a Distância/UNIASSELVI de Indaial-SC.
15h25Palestra 10
As práticas discursivas e a mediação online
Prof.ª Ms. Giuliana Diettrich Carvalho Pimentel (NUTES/UFRJ)
16h05Encerramento
Luis Gomes – Presidente da ANATED – Associação Nacional dos Tutores da Educação a Distância
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Novas tecnologias exigem novos conteúdos

Arquivado em Educação a Distância      
O mercado editorial e as empresas de sistemas de ensino começam a se preparar para uma nova realidade: a do livro didático digital. Com dispositivos como laptops, e-books e iPads, um novo cenário se apresenta para a educação. E também novos desafios. “Novas tecnologias requerem novos conteúdos”, diz Ana Teresa Ralston, diretora da tecnologia de educação e formação de professores da Abril Educação – grupo que reúne editoras e sistemas de ensino e é controlado pela família Civita, que também é dona da editora Abril, que publica VEJA. Convidada a falar sobre o tema em um painel especial da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que se encerra neste domingo, a especialista, diz que ainda é preciso investir tempo e recursos para criar um livro didático 100% digital e multimídia. Confirma a seguir os principais trechos da entrevista.

O futuro do livro é incerto, mas o processo de digitalização já começou, com os e-books, iPads e outros dispositivos. Em relação às obras didáticas, o que é possível constatar?
É possível dizer que temos uma revolução escondida. Uma revolução que já começou, mas que escapa à nossa observação porque acontece no processo de produção do livro didático. Ao produzi-lo, já utilizamos todos os artefatos tecnológicos disponíveis. Porém, o que se analisa agora é quando isso estará presente na versão final do livro, ou seja, quando ele será completamente multimídia e virtual. Muitos estudiosos apontam que a educação levará mais tempo do que outras áreas para incorporar todas essas inovações.
Qual a razão dessa demora?
No meio educacional, as tecnologias demoraram mais a serem incorporadas, em virtude das mudanças que elas imprimem nos padrões, na formação dos educadores, na produção do material de apoio e na infraestrutura das escolas. Novas tecnologias requerem novos conteúdos, e, para isso, é preciso profissionais capacitados, preparados para produzir esse novos conteúdos. Além disso, o professor que irá usar essas ferramentas também precisa ser formado para a essa tarefa.
Então, o que ocorre nesse processo não é a simples digitalização do conteúdo impresso, mas, sim, a criação de novos conteúdos.
É importante lembrar que, quando falamos desse processo, abordamos três elementos distintos: o livro didático impresso, o livro didático impresso digitalizado – e isso já fazemos – e o livro 100% virtual. Nesse último, o que ocorre não é a simples transferência do impresso para o digital. É uma outra comunicação, que acontece em outra mídias. E acho que esse é o grande desafio: a maneira como organizamos os conteúdos na mídia impressa é diferente da maneira como o fazemos na mídia digital.
Esse novo tipo de conteúdo, mais familiar aos alunos que já utilizam as tecnologias fora da sala de aula, pode alimentar o interesse dos estudantes pelo que se ensina nas escolas?Quando trabalhamos com soluções digitais, procuramos entrar em sintonia com a linguagem do aluno. Mas essas soluções precisam ser utilizadas com orientação pedagógica para que sejam significativas. Caso contrário, viram só distração.
Como evitar que o livro didático digital seja uma armadilha?Eu costumo dizer que o meio digital evidencia uma aula mal dada. Às vezes, temos uma aula que não foi a ideal, mas não há registros dela. Já com a tecnologia digital tudo fica registrado. Então, é preciso usá-la para enfatizar boas práticas, para ilustrar situações que não seriam possíveis de outra forma. A tecnologia é um recurso poderoso, viável e possível e não deve ser usado como enfeite. Para isso, é importante pensar quais recursos são relevantes para esse novo ambiente. Caso contrário, retira-se essa relação afetiva que temos com o papel e com a leitura sem adicionar nenhum ganho.
Quais podem ser os ganhos da adoção da tecnologia na educação?
São as possibilidades de interação, de animação, de ilustração, de relacionar os conteúdos e fazer pesquisas. Em disciplinas como química, física e biologia, por exemplo, é possível simular situações. O professor pode ainda trabalhar infográficos de tempos históricos e evoluções geológicas. Pode trabalhar com pesquisas imediatas dos assuntos que estão sendo trabalhados naquele momento. É possível estimular o aluno para a possibilidade de troca, de colaboração, de construção do conteúdo em conjunto. Esse tipo de habilidade e competência é uma demanda do mercado de trabalho. E se o aluno começar a vivenciar isso no mundo da escola, ele vai poder ter essa habilidade como algo natural no mundo do trabalho.
Quais as dificuldades envolvidas na criação de um livro didático multimídia?
Precisamos conceber um produto diferente, não apenas digitalizar o que já existe. Além disso, precisamos viabilizar o acesso a todas as escolas brasileiras, nos mais remotos lugares. Aí, temos o desafio da entrega – e também da produção. Hoje, apenas começamos a trabalhar com alguns componentes agregados, ou seja, a pensar conteúdos de forma integrada.
As empresas de sistemas de ensino já estão se preparando para essa nova realidade?
Já. A digitalização de livros e apostilas já existe. O que começamos a fazer agora é desenvolver o material integrado: o meio impresso e o meio digital. O esforço é na produção de conteúdos virtuais, cada vez mais relevantes, integrados e efetivos. Ainda não pensamos em um produto 100% digital porque pensamos antes no material impresso, e depois partimos para o virtual. Acredito que pensar a totalidade do produto no ambiente virtual seja o nosso próximo passo.
Alguns especialistas pregam o fim do livro tal como nós o conhecemos, enquanto outros defendem que, apesar dos avanços tecnológicos, ele jamais deixará de existir. Quais são suas previsões?
Acho que ainda é cedo para previsões. Contudo, é hora de pensar nas evoluções da integração das mídias e se preparar para elas. Particularmente, não acredito que teremos uma mídia só. Aposto em uma segmentação. Nós pensaremos sobre qual a melhor forma de transmitir cada conteúdo. Ainda temos gerações que possuem uma relação muito próxima com o livro e alguns conteúdos seguirão sendo consumidos na mídia impressa. O que talvez tenha mudado é que hoje avaliamos o conteúdo antes de consumi-lo. Então, baixamos um livro no Kindle, por exemplo, e, se gostamos da leitura, compramos a versão impressa.

PDF – As novas tecnologias da informação numa sociedade em transição

PDF – Limites e possibilidades das TIC na educação

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

MEC descredencia 198 polos de Ensino a Distância

Arquivado em Educação a Distância

O Ministério da Educação (MEC) descredenciou 198 polos de educação a distância da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) em todo o País. A decisão foi publicada na edição desta quinta-feira (08/09/2011) do Diário Oficial da União. A instituição tem até o dia 31 de dezembro para encerrar as atividades nestes polos e transferir todos os alunos para as outras unidades ou para instituições de ensino reconhecidas pelo ministério.
Segundo a assessoria da Ulbra, o descredenciamento já estava previsto pela universidade e fazia parte de um termo de saneamento de deficiências, assinado pela instituição em 2009. De acordo com a universidade, esses polos não apresentavam estrutura adequada e não eram viáveis economicamente.
A universidade continua operando com 84 polos de ensino a distância, que, segundo a assessoria, apresentam os padrões de exigência do MEC. Em julho, o ministério havia suspendido o ingresso de novos alunos em cursos a distância, após denúncia de um ex-servidor de que os estudantes eram aprovados sem análise das questões dissertativas das provas.
Entenda o caso:
Um ex-funcionário da universidade que revelou que, há cerca de um ano, notas estariam sendo inseridas aleatoriamente no sistema sem a devida correção das avaliações. O caso foi parar na Polícia Federal.
Com base no depoimento do ex-funcionário, a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão no setor de ensino à distância da universidade, no dia 8 de julho. Foram recolhidos três malotes de provas. A falta de correção das avaliações estaria resultando em descontrole até na composição das listas de formandos.
A reportagem da RBS TV e da Rádio Gaúcha teve acesso a um e-mail enviado pela coordenadora de uma escola conveniada à Ulbra, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, pedindo à universidade que excluísse da ata de formatura os nomes de dois alunos. Na mensagem, explica que esses universitários desistiram da faculdade no segundo módulo. Ou seja, estariam se formando sem que sequer estivessem estudando.
A Ulbra, que possui 90 mil alunos no ensino a distância, garante que o erro já foi corrigido e que os nomes dos alunos foram retirados da lista de formandos. Segundo a universidade, os problemas no EAD começaram na gestão anterior, de Rubem Becker.

Veja também:

*Referenciais de qualidade para a Educação superior a distância:
*Desafios de uma caminhada regulatória
CLIQUE AQUI – PDF

*Referenciais de Qualidade para Educação Superior a Distância - MECCLIQUE AQUI – PDF

* Procedimentos – Modalidade presencial e a distância – Resolução n°7/2011 – CLIQUE AQUI – PDF

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A Universidade Virtual em 3 Dimensões

Arquivado em Educação a Distância 

Esta metodologia de ensino à distância, assemelha se ao ensino presencial, pois o aluno se sentirá em sala de aula.

A Internet tem representado um dos mais bem sucedidos meios dos benefícios de investimento e do compromisso com a pesquisa e o desenvolvimento de uma infraestrutura para a informação. O computador pessoal cada vez mais rápido tem contribuído para pesquisa e ensino com baixo custo. O avanço da velocidade de processamento gráfico e da memória da placa de vídeo tem aumentado a capacidade de manter mais de cem quadros por segundo, favorecendo a modelagem e o desenvolvimento de jogos com alta definição. A velocidade da rede de computadores tem sido cada vez mais elevada, o que tem auxiliado na concepção da construção (modelagem) de Universidade Virtual em três dimensões. Tudo isto tem contribuído para modelagem dos ambientes virtuais e transmissão de dados em alta velocidade entre ambientes virtuais. A modelagem tridimensional dos sistemas reais quando modelados virtualmente são muito semelhantes entre si.
A Educação Básica na modalidade de Educação à Distância: De acordo com o Art. 30º do Decreto n.º 5.622/05, “as instituições credenciadas para a oferta de educação a distância poderão solicitar autorização, junto aos órgãos normativos dos respectivos sistemas de ensino, para oferecer os ensinos fundamental e médio a distância, conforme º 4o do art. 32 da Lei no 9.394, de 1996″. Conforme último censo EAD, os programas de MBA e pós-graduação online no Brasil já correspondem a 40% de todos os cursos feitos pela internet oferecidos no país em 2008. Dos 568 novos cursos, 127 são de pós-graduação (22% do total). No fim do ano passado, 490.000 pessoas se matricularam na sala de aula online. De acordo com escritora Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, “ambientes digitais de aprendizagem são sistemas computacionais disponíveis na internet, destinados ao suporte de atividades mediadas pelas tecnologias de informação e comunicação”.
Educação on-line: realizada obrigatoriamente com Internet em papel principal como meio, pode ser utilizada de forma síncrona ou assíncrona. Tem como características mais enfáticas a velocidade na troca de informações, o feedback entre alunos e professores e o grau de interatividade alcançado. O grupo de pesquisa: Automação e Sistemas Integráveis (Gasi) da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, do câmpus de Sorocaba, está desenvolvendo pesquisas aplicadas ao melhoramento de ensino a distância com a construção de Universidade Virtual em três dimensões.
Na prática, a construção de universidade física necessita de alto custo de investimento e manutenção e os métodos tradicionais de ensino oferecem custo muito elevado e até mesmo a falta de tempo para muitos alunos se deslocarem para assistir aulas presenciais. A pesquisa para desenvolvimento da uma Universidade Virtual em três dimensões está sendo realizada utilizando a ferramentas de desenvolvimento de jogo como o software UDK (Unreal Development Kit). A modelagem da Universidade Virtual inclui reitoria, secretárias, departamentos, laboratórios, salas de aulas, professores, alunos, ruas e praças. A renderização dos modelos deve contribuir para o aumento da velocidade dos dados na rede. Assim como nos jogos de computadores, os alunos poderão andar virtualmente na universidade, entrar na sua sala de aula, laboratórios.
Óculos 3D serão utilizados. Alunos e professores poderão usar roupa com sensores, tornando o ambiente dinâmico, ou seja, todos os movimentos em sala de aula como ficar em pé, andar, entrar e sair da sala poderão ser vistos por todos. Esta metodologia de ensino a distância, assemelha se ao ensino presencial, pois o aluno se sentirá em sala de aula: poderá ouvir, ver e conversar com o professor e colegas. O professor possuirá um quadro digital virtual e as informações serão repassadas para o aluno vaia rede para o quadro virtual. As aulas poderão ter horário predefinidos durante o semestre e todos alunos deverão está na sala de aula virtual neste horário. Ao final da aula, alunos e professores estarão em suas casas: retira-se o óculos e voltam a vida real.

Fonte : Jornal Cruzeiro do Sul

Curso a distância da USP – 40% eliminados

Arquivado em Educação a Distância

Desistências podem ter sido geradas pela alta exigência do curso, dificuldade dos usuários em utilizar as ferramentas e pela grande quantidade de aulas presenciais.

Quase 40% dos alunos que estavam matriculados no curso de graduação online da Universidade de São Paulo (USP) foram eliminados do programa devido ao grande número de faltas. A modalidade, que começou em outubro de 2010, possui atualmente 360 vagas.
A USP acredita que as desistências foram geradas por diversos fatores, entre elas a alta exigência do curso, a dificuldade dos usuários em utilizar as ferramentas online e a grande quantidade de aulas presenciais.
Segundo os dados divulgados pela USP, cerca de 10% dos alunos não chegaram a atingir o mínimo de 70% de presença para serem aprovados, enquanto 30% dos alunos dos cursos semipresenciais da área de ciências não tiveram praticamente nenhum contato com o conteúdo das matérias.
O número de desistências nos cursos a distância da USP está acima da média da Associação Brasileira de Educação a Distância, que alcançou a taxa de 14% durante o último censo, realizado em 2009.
Veja também o artigo Educação a distância no ensino superior: soluções e flexibilizações  -

CLIQUE PARA COPIAR – PDF

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Cursos a distância ganham + adeptos

Arquivado em Cursos Online 

Falta de tempo, necessidade de um diploma de curso superior e mensalidades com valores baixos. Esses são os principais motivos pelos quais cada vez mais jovens buscam a educação à distância (EaD), modalidade de ensino que cresce em ritmo acelerado no Brasil. De acordo com o último censo do ensino superior do Ministério da Educação (MEC), o número de matrículas subiu de 40,7 mil matrículas, em 2002, para 838,1 mil em 2009, um aumento de 2.059%.
Ainda segundo o censo do MEC, o número de cursos à distância oferecidos no país cresceu quase 20 vezes entre 2002 e 2009, saltando de 46 graduações abertas para 844 no mesmo intervalo – um crescimento de 1.834% em sete anos. E esses números devem aumentar. A previsão do MEC é que o Brasil tenha até o final do ano cerca de um milhão de estudantes universitários matriculados em cursos à distância. Segundo o órgão, atualmente o país contabiliza aproximadamente 870 mil estudantes nesta modalidade de ensino. O número total de alunos matriculados será divulgado no Censo da Educação Superior, previsto para ser apresentado ainda este ano.
Segundo Osiris Mannes Bastos, diretor acadêmico das Faculdades Fael, da Lapa, o crescimento da procura pelo ensino à distância aumentou devido à correria que o dia a dia impõe às pessoas. “Hoje em dia é difícil arrumar tempo para se dedicar aos estudos. Todos têm compromissos profissionais e familiares, enfrentam trânsito e isso contribui para o crescimento do ensino à distância. E essa procura deve aumentar nos próximos anos”, afirma Bastos.
Para Benhur Etelberto Gaio, diretor acadêmico das instituições de ensino superior do Grupo Uninter, de Curitiba, o modalidade de ensino é inclusiva e por isso cresce a cada dia que passa no Brasil. “Muitas pessoas estão distantes da sua formação profissional, seja em que nível for, por diversas dificuldades de acesso a uma instituição de ensino: longos deslocamentos, horário de trabalho, valor das mensalidades, entre outros”, diz Gaio.
Perfil
O estudante de EaD tem alguns diferenciais. Ao contrário do curso presencial, é ele quem vai conduzir o próprio estudo, e não o professor. O estudante precisa se organizar e dividir bem o tempo. Dados do censo 2009 da Associação Brasileira de Educação à Distância (ABED) apontam que 53,4% dos alunos de EaD são mulheres e a faixa etária mais presente é a que vai de 30 a 34 anos. “Também é uma modalidade de aprendizagem adequada às pessoas mais experientes e com necessidades de formação para aperfeiçoamento na vida profissional”, ressalta Gaio.
Flexibilidade nos horários atrai alunos
A possibilidade de poder planejar os horários de estudo, podendo conciliar com compromissos profissionais e familiares ao longo do curso, tem sido o fator principal para que os estudantes procurem o ensino à distância. É o caso do gerente comercial, Nilton Neves, que conclui a pós-graduação em educação na Fael. Ele afirma que a flexibilidade da carga horária do curso pesou no momento da escolha. “Você tem a facilidade de estudar na hora que bem entender e isso é excelente já que você planeja seu tempo de acordo com suas necessidades”, conta.
O bancário Samuel Tavares, de Varginha, Minas Gerais, segue a mesma linha. Ele se formou Processos Gerenciais pela Facinter e por questão de tempo, optou por um curso à distância. “Consegui um diploma em dois anos, fazendo as aulas quando eu podia, sem nenhuma obrigação de horário. Então, essa questão de tempo influenciou muito na minha escolha”, diz.
Outro fato abordado pelos dois profissionais é a questão do preço das mensalidades. Ambos pagaram cerca de R$ 200 por mês durante os dois anos de curso. “Se você pesquisar, uma mensalidade de qualquer faculdade ou pós-graduação não custa menos do que 500 reais. Já no EaD não paguei nem a metade disso e ainda planejava meus horários de estudo”, afirma Neves.
Aulas pela internet
O MEC determina que as instituições de ensino à distância ofereçam polos de apoio educacionais para os cursos de formação superior. Já para os cursos de extensão e pós-graduação, as aulas podem ser todas feitas à distância. Os meios para se assistir as aulas são os mais variados: material impresso distribuído pelo correio, transmissão de rádio ou TV, fitas de áudio ou de vídeo, redes de computadores, sistemas de teleconferência ou videoconferência e até telefone.
Mercado de trabalho aberto
Ao contrário do que muitos pensam, os profissionais formados através da educação à distância têm boa receptividade do mercado de trabalho. Segundo Osiris Mannes Bastos, das Faculdades Fael, não existe mais uma resistência dos empregadores em dar oportunidade às pessoas oriundas do EaD. “O mercado procura por profissionais realmente qualificados, independente da formação. Além disso, atualmente muito dos empregadores são formados ou já fizeram algum tipo de curso à distância”, relata.
Benhur Etelberto Gaio, do Grupo Uninter, também afirma que o mercado absorve os profissionais oriundos do EaD e os reconhece como plenamente habilitados, mas acredita ainda haver um pouco de resistência. “Temos setores retrógrados na nossa sociedade e, infelizmente, as resistências estão focadas justamente em alguns conselhos de classe que deveriam ser exatamente os primeiros a apoiar a ensino à distância como oportunidade para pessoas que nunca conseguiriam atingir o ensino superior se dependesse de cursos na modalidade presencial”, diz.
Para o gerente comercial Nilton Neves, que fez pós-graduação em educação na Fael, o processo de inclusão no mercado de trabalho ocorreu de maneira tranquila. “Comigo não aconteceu nenhum problema e passei na minha primeira entrevista. Acredito que não há mais aquela resistência aos diplomas de EaD. Muito pelo contrário, o mercado está cada vez mais acostumado com esses profissionais”, afirma.

Por: Instituto EADVIRTUAL   @   05-09-2011  

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A contribuição do e-learning para as empresas

Arquivado em  Educação a Distância ,Notícias                                                        Comentários

O avanço das tecnologias, sua popularização e a consequente democratização do uso das ferramentas e aplicações a elas relacionadas têm transformado nossa sociedade. Entre outras influências provocadas, essa é uma realidade que mudou os negócios, a gestão (envolvendo os setores público e privado), a produção, os serviços, as relações sociais e até a educação de hoje. Pela utilização dessas novas tecnologias, as corporações vêm se aprimorando, especialmente no campo da educação e da formação profissional. Diante de algumas lacunas e de restrições notadas na preparação dos brasileiros para a atuação profissional, as empresas têm ampliado e reforçado sua atuação na área da educação corporativa e do treinamento. -
O uso das ferramentas e técnicas de e-learning – um dos tipos de ensino a distância (EAD) – tem contribuído de maneira decisiva para o sucesso das empreitadas corporativas na capacitação e atualização dos conhecimentos de seus profissionais. Grandes empresas que empregam consideráveis contingentes, e que muitas vezes estão presentes em diversas localidades do país (e até fora dele), são aquelas que mais se beneficiam das vantagens propiciadas por essa modalidade de ensino. Oferecer um treinamento a centenas, ou até milhares de profissionais, é uma tarefa muito mais fácil, especialmente pelo uso de redes internas às empresas (como as Intranets), ou externas (como a Internet). Além disso, há a praticidade de o estudante participar de qualquer lugar em que estiver de um curso de e-learning, fator especialmente vantajoso para empresas que têm parte de seus profissionais atuando fora de suas próprias instalações físicas.
Até mesmo a profusão dos equipamentos móveis, como smartphones e tablets, tem contribuído para os avanços dessa modalidade de ensino. Outra das grandes vantagens desse sistema é que a oferta e aplicação dos cursos a funcionários e colaboradores é sempre padronizada, não importando o nível de formação da pessoa ou o cargo que ocupa. Essa é uma característica que valoriza a qualidade do material educativo e nivela o potencial de aquisição de conhecimentos. O ensino eletrônico, que é atualmente reconhecido como tão eficaz quanto o presencial, contribui também para a economia de tempo dos profissionais e de recursos das corporações. Afinal, poupa-se na eliminação da necessidade de deslocamento das pessoas de suas unidades de trabalho para o local de aplicação de cursos. Além disso, a possibilidade de aplicar o treinamento a um número maior de pessoas simultaneamente reduz o dispêndio de recursos e tempo para a formação de grandes turmas.
É importante perceber que essa economia tem sido muitas vezes utilizada em investimentos no desenvolvimento das áreas de formação das empresas, principalmente nos próprios recursos de e-learning, ou na viabilização da estrutura tecnológica de suporte às plataformas de ensino a distância. Como empresa com atuação nas áreas de auditoria e consultoria, a KPMG tem valorizado o e-learning como plataforma prioritária para a formação, capacitação e atualização de seus profissionais. Somente no ano fiscal encerrado em 30 de setembro de 2010, foram investidos R$ 2 milhões no desenvolvimento da estrutura; elaboração ou aquisição de materiais, conteúdos e ferramentas; e aplicação de cursos nessa modalidade. Pelas próprias características de seu negócio, em que muitas vezes os profissionais atuam diretamente nas instalações de seus clientes, a adoção do modelo tem sido muito eficaz e vantajosa.
A comprovação de que está traçando o caminho adequado no campo da educação corporativa reflete-se no fato de que a KPMG recebeu recentemente o prêmio “Contribuição Marcante” do Congresso E-Learning Brasil 2011-2012. A premiação foi concedida pelo reconhecimento à estrutura formada, pelo uso bem-sucedido das ferramentas de e-learning e por casos de sucesso. Entre eles, após adquirir outra empresa e incorporar o seu pessoal, os cerca de mil profissionais participaram, em apenas dois dias, do módulo básico de formação da empresa (que inclui cursos de segurança da informação; ética e independência; cumprimento de leis; normas e regulamentações, etc.)
Em um cenário que se aproxima do pleno emprego e da alta competição entre empresas na disputa por profissionais qualificados, oferecer formação constante é uma das ferramentas essenciais para a qualificação e retenção dos talentos. O uso do e-learning está, portanto, entre as soluções mais práticas, econômicas e eficientes para desenvolver com sucesso a educação corporativa.

Fonte: DCI