terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Seis escolas de ensino à distância do Distrito Federal são descredenciadas

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Em Brasília, o que preocupa é a lista de escolas que estão sob suspeita. Seis foram descredenciadas e não podem mais oferecer ensino à distância. Esse número pode aumentar. São irregularidades que, infelizmente, não acontecem apenas em Brasília. É uma venda casada: empresários que trocam a educação pelo comércio com a má fé ou a ingenuidade levada ao extremo de alguns jovens.

Ao todo, 30 mil alunos estão matriculados em escolas que oferecem ensinos Fundamental e Médio à distância em Brasília. Noventa por cento delas têm alguma irregularidade, de acordo com o Conselho de Educação do Distrito Federal.

“Eles não cumprem as condições iniciais de credenciamento, desrespeitam as normas e visam somente o ganho fácil. Educação passa longe”, afirma Nilton Alves Ferreira, presidente do Conselho de Educação do Distrito Federal.

Seis foram descredenciadas e não podem mais oferecer ensino à distância. Elas ignoram o prazo mínimo determinado por lei para a conclusão dos cursos – no Ensino Médio, um ano e meio; e dois anos para as séries finais do Ensino Fundamental.

Por telefone, a atendente de uma escola confirmou que o aluno pode conseguir o diploma em apenas dois meses. “Para o Ensino Médio são 11 provas, onde ele pode estar fazendo até três provas de 15 em 15 dias”, disse.

Se não passar nas provas, há outras possibilidades. “Ele tem até três chances para estar fazendo cada prova. Sendo que, na terceira chance, ele pode estar optando por um trabalho que vale até dois pontos para ser somado com a maior nota que ele tirou nas outras provas”, continua a atendente.

Outras escolas estão sendo investigadas, e o Conselho de Educação decidiu suspender a análise de pedidos de credenciamentos para novas instituições. “Muitas escolas se restringem a uma salinha 4 por 4 com computadores e uma secretária fazendo um trabalho burocrático administrativo. Isso não é escola”, critica Nilton Alves Ferreira, presidente do Conselho de Educação do Distrito Federal.

A Polícia Civil também investiga instituições particulares que estariam fraudando exames ou vendendo diplomas falsos. Em uma escola pública, a suspeita é que funcionários incluem na lista de formandos nomes de alunos que nunca frequentaram aula ou fizeram qualquer prova. São cinco inquéritos.

O delegado Júlio César de Oliveira Silva diz que, se for comprovado o crime, podem ser punidos os responsáveis pela escola e também o aluno. “Se ele tiver consciência de que está comprando um diploma falso, ele vai responder por falsidade ideológica, falsidade material, atestado ou diploma falso”, afirma.

Mas dá para evitar problemas como esses. O primeiro cuidado é procurar saber sempre se a instituição de ensino é credenciada e se o curso tem reconhecimento oficial

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