quarta-feira, 3 de julho de 2013

MEC planeja criar universidade federal a distância



Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, divulgou ontem o balanço final do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2013 e anunciou a intenção de criar uma universidade federal a distânciaO ministro da Educação, Aloízio Mercadante, anunciou nesta segunda-feira, após a divulgação do balanço das inscrições do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a intenção de criar uma universidade federal de educação a distância para atender à demanda por vagas no ensino superior. Segundo o MEC, o projeto de lei nesse sentido deve ser encaminhado ao Congresso em julho para tramitar, possivelmente, em agosto.

“Temos participação relativamente pequena de estudantes do ensino superior no ensino a distância. Temos em torno de 15%, não chega a isso. Os países da OCDE têm metade das vagas em ensino a distancia. Isso é uma modalidade que deve crescer. O MEC está trabalhando intensamente para lançarmos uma universidade federal de educação a distancia para poder aumentar a capacidade de atender essa rede”.
A ideia é que a nova instituição incorpore a atual Universidade Aberta do Brasil (UAB), ampliando a oferta de cursos de graduação oferecidos. De acordo com o ministro, a UAB possui hoje aproximadamente 240 mil alunos. “Vamos absorver a UAB nesta universidade federal a distância. É a única resposta possível para atender essa demanda”, declarou. “Essa é a prioridade do MEC. Vamos trabalhar fortemente para montar estrutura para começar a ofertar vagas já no próximo Sisu”.

A Universidade Aberta do Brasil atende hoje exclusivamente a professores da rede pública para cursos de licenciatura e administração. “Vamos ampliar para todos os demais cursos que forem compatíveis com educação a distancia. Cada curso de cada universidade poderá ser ofertado na universidade federal de educação a distancia. Por exemplo, engenharia da UFRGS pode ser ofertado também como curso a distância, mas tem que ter polo presencial, ter certificado. Na UAB, as vagas que não forem preenchidas pelos professores da rede pública, vamos abrir aos demais interessados”, completou o ministro.

Fonte: Terra

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Graduação Química a distância e + 5 Pós EAD

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) aprovou a oferta do curso de Química licenciatura na modalidade a distância pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O projeto foi proposto pelo Campus Arapiraca em parceria com o Instituto de Química do Campus A.C. Simões, em Maceió.

O curso agora entra em fase de estruturação para definição do número e distribuição de vagas e do material didático, além dos polos que irão ofertá-lo na modalidade a distância. Também começa a ser planejado o edital para o processo seletivo, que deve acontecer no próximo ano.

Segundo o coordenador do Núcleo de Polos e Cursos da Coordenadoria Institucional de Educação a Distância (Cied) da Ufal, Carloney Alves, o empenho da nova gestão em ofertar e buscar novos cursos tem favorecido bastante o Estado de Alagoas, com a expansão da oferta de cursos superiores na modalidade EAD.

“Com a nova gestão, três cursos já haviam sido articulados para oferta esse ano: Ciências Sociais, Letras/Espanhol e Geografia. Agora temos a boa notícia da aprovação de Química”, ressaltou.

Novas especializações

Além da graduação em Química, a Capes também aprovou a Ufal a ofertar cinco novas especializações, que entram na fase de planejamento para a publicação do edital. Os novos cursos de pós-graduação latu senso EAD são ‘Estratégias Didáticas’, ‘Educação Básica com o uso de TIC’, ‘Formação em Educação Online para Professores da Educação Básica’, ‘Ensino de Geografia’ e ‘Formação para Educadores’.
Segundo o coordenador-geral da Cied, Luis Paulo Mercado, a aprovação da Capes demonstra o empenho e a capacidade de articulação do corpo docente das duas Unidades Acadêmicas, visando a um objetivo comum, que é a melhoria da qualidade dos professores da educação básica em Alagoas.

“Com a aprovação de Química, a Ufal agrega mais um curso a ser ofertado na modalidade a distância, ampliando o número de egressos na área, a qual tem uma demanda muito grande de novos professores formados no ensino superior”, destacou.

Com Inf. UFAL.EDU

Gigante do ensino terá um milhão de alunos

Anhanguera e Kroton estimam economias de escala superiores a R$ 150 milhõesFusão entre Anhanguera e Kroton, que criou maior grupo educacional do mundo, vai economizar mais de R$ 150 milhões. Objetivo é oferecer “estudo razoável” a mensalidades de aproximadamente R$ 390.

Anhanguera e Kroton estimam economias de escala superiores a R$ 150 milhões

Sinergia permitirá alta de 9,25% no investimento; futuro nome pode ser “Kroton Anhanguera”
Após unirem os negócios para criar o maior grupo de ensino do mundo, Anhanguera e Kroton estimam que a fusão trará economias de escala de R$ 150 milhões a R$ 300 milhões para a empresa combinada. Com isso, a capacidade de investimento da companhia será de R$ 262,2 milhões, valor 9,25% maior que soma da previsão para este ano nas empresas separadas, de cerca de R$ 240 milhões, dos quais R$ 135 milhões na Anhanguera e R$ 105 milhões na Kroton. A fusão, anunciada em 22 de abril, depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômico (CADE).

O cálculo é uma estimativa da área financeira da Anhanguera, à qual o iG teve acesso. ”As sinergias farão sobrar dinheiro para ser investido na área educacional”, diz Gabriel Mário Rodrigues, sócio da Anhanguera, principal articulador da fusão e presidente do conselho de administração da empresa consolidada.
Parte dessas economias deve vir da redução de gastos com publicidade. “O marketing, ao menos da Anhanguera, é expressivo. Se você consegue juntar duas [ empresas ], o investimento é menor”, afirma Rodrigues.

O orçamento deste ano prevê despesas de marketing de R$ 157,7 milhões na Anhanguera, valor 8,7% maior que o gasto de 2012. O montante é igual a 8,7% da receita líquida prevista, que no primeiro trimestre foi de R$ 471, 3 milhões. Nesse período, quando a publicidade é intensificada devido à maior captação de alunos, o investimento foi de R$ 51,7 milhões, alta de 49,3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Além disso, os desembolsos da área tecnológica também devem ser reduzidos na integração. “Na parte de tecnologia, tanto a de relacionamento na parte acadêmica quanto a da área educacional, também há investimentos muito grandes”, diz Rodrigues. Somente no primeiro trimestre, a instituição gastou R$ 4,3 milhões em tecnologia, principalmente nas plataformas de ensino a distância.
O investimento previsto para a companhia combinada seria feito da seguinte forma: R$ 58,5 milhões em tecnologia, R$ 19,5 milhões em bibliotecas, R$ 31,5 milhões em móveis e equipamentos e R$ 152,7 milhões em construções, laboratórios, projetos educacionais e outros gastos. “É um investimento importante, elas já têm estrutura formada nos câmpus e o valor seria para melhorias e manutenção”, afirma Sandra Peres, analista da Coinvalores.

Em 2012, as empresas investiram ao todo R$ 216 milhões, dos quais R$ 142 milhões na Anhanguera e R$ 74 milhões na Kroton. Ou seja, a previsão para 2013, mesmo sem os ganhos de sinergia que resultariam da fusão, já significa alta de 10,7% sobre este valor.

A integração deve durar por volta de dois anos, período no qual outras aquisições de peso estão descartadas, segundo Rodrigues. “Nós vamos ter uns dois anos, ou um ano e meio depois da aprovação do CADE, para unirmos nossas forças, então não está previsto nenhuma aquisição nesse tempo. Precisamos primeiros nos organizar”, diz o empresário.

Depois disso, um dos planos que já se comenta na empresa é a internacionalização, com foco nos países vizinhos. “Ouvi falar, mas só conversa, sem consistência alguma, [ em planos ] na América Latina. Mas, primeiro, são dois anos para colocar a coisa em ordem. Depois é ver se tem mercado na América Latina. O que se fala internamente é isso”, diz Rodrigues.

“Não acredito que esse seja um plano imediato, a menos que surja alguma parceria estratégica, porque a penetração da educação superior no Brasil ainda é muito baixa, ou seja, eles têm muito espaço para crescer aqui no País”, afirma Sandra Peres.

O nome da empresa resultante ainda será discutido, mas, na opinião do empresário, deveria ser Kroton Anhanguera. “No meu caso, como não estou emocionalmente ligado a nenhuma das duas, é o nome que os profissionais de comunicação e educação considerarem o mais adequado. Mas acredito que o melhor deva ser a junção das duas. Kroton Anhanguera”, diz Rodrigues.

A companhia resultante teria faturamento de R$ 4,3 bilhões, cerca de um milhão de alunos e valor de mercado próximo a R$ 12 bilhões. Os acionistas da Kroton terão 57,5% da empresa, enquanto os da Anhanguera ficarão com 42,5%. O presidente será Rodrigo Galindo, atual presidente da Kroton.

Lucro x Qualidade

Rodrigues irá comandar o conselho de uma universidade bastante diferente daquela que fundou e da qual foi reitor durante 12 anos, a Anhembi Morumbi. Nesta, a quantidade de alunos era uma fração da Anhanguera, mas as mensalidades eram bem mais caras – em torno de R$ 1,2 mil, enquanto na Anhanguera ficam em R$ 390.

“A Anhembi sempre trabalhou nas classes média e alta, era [ classe ] A, B e um pouco de C. No momento que a gente entra numa instituição para atender a massa, evidentemente outras estratégias são usadas”, diz Rodrigues. “A grande questão vai ser equilibrar quantidade e qualidade”, afirma.

O empresário sabe que, por trás desse equilíbrio, existe outro: entre os resultados financeiros e os investimentos em educação. A companhia será conduzida por um grupo que mistura fundos de investimento, como o Advent e o Pátria, e fundadores de outras universidades incorporadas pelo grupo nos últimos anos. Ou, como diz Rodrigues, o “pessoal dos números” e o “pessoal da educação”.

O conselho que irá presidir terá 13 assentos, dos quais, ele calcula, pelo menos seis serão ocupados pelo “pessoal da educação”. “O fundo [ FERB, que terá 4,4% da empresa e do qual ele é sócio ] tem tem três assentos, ficou eu, o Ricardo [ Scavazza, ex-presidente da Anhanguera ] e o [ Antônio ] Carbonari [ fundador e acionista da Anhanguera ]. E um outro que vou indicar. Eu tenho quatro lugares. Da educação deles [ Kroton ] tem o [ Ricardo ] Galindo [ presidente da Kroton ], o Walfrido [dos Mares Guia, ex-ministro e acionista da empresa ], a [ Elisabeth Bueno ] Laffranchie [ conselheira ], mais um sócio do Walfrido. Portanto da área de educação vão ficar entre oito e seis”, diz.

“É mais gente para mostrar para o pessoal financeiro a necessidade de investimentos. O pessoal financeiro põe a meta e segue. Mas eu sei que sem recursos não se faz educação”, diz Rodrigues. “É mais fácil discutir com eles [ educadores ] do que com o pessoal da área financeira”, afirma.

O controle da empresa é bastante pulverizado, uma vez que 75% das ações são negociadas livremente na Bovespa e nenhum sócio tem mais de 6% da companhia. Rodrigues prevê que isso seja benéfico para o conselho. “A representatividade do conselho é 25% [ do capital ]. Então não vai ter luta, tipo ‘eu querer ser melhor que os outros’, porque ninguém tem o controle. O que a gente tem que fazer [ no conselho ] é uma melhor administração para ter um melhor resultado”, afirma.

“[ Hoje ] não tem mais dono de empresas. A tendência é não ter mais donos. Os donos são os fundos de pensão e os fundos de private equity feitos pelos bancos”, acredita o empresário. Quase todos os grandes grupos brasileiros de ensino têm um grupo financeiro entre os principais controladores.
“Um fundo promete determinado resultado para o investidor e, quando ele faz um aporte na empresa, exige que esse resultado possa acontecer. Vai ter sempre a questão de como possibilitar ter um bom produto educacional com o resultado de quem investiu, isso ninguém vai poder fugir. E aí estão os organismos governamentais e órgãos reguladores para tratar a questão”, diz.

A maioria dos cursos da Anhaguera se encontra na faixa mínima aceita pelo Ministério da Educação (MEC) para operar. Questionado sobre se isso é suficiente, Rodrgues diz que “acha que sim”. Mas afirma que “a grande questão nossa agora é dar estudo razoável para todos os nossos alunos”.

Para o empresário, melhorar a qualidade de ensino vai possibilitar que a receita da instituição também cresca, através do aumento das mensalidades. “No momento em que você melhora o seu produto, ele vai ser mais caro. O que eu já coloquei na Anhanguera é que se nós conseguirmos aumentar cada mensalidade em R$ 10 no mínimo, vamos ter resultados expressivos. Agora, para isso, precisa fortalecer o produto”, afirma.

“A Anhanguera fez uma reunião com analistas há dois meses. Ficou claro que eles não têm a intenção de ser top de linha, o negócio deles é ter mensalidades acessíveis para atender as classes C, D e E. A preocupação deles [ quanto a qualidade ] é não serem vetados pelo MEC”, diz Peres.

Planos pessoais

Rodrigues assume o compromisso de comandar o conselho da “Kroton Anhanguera” aos 80 anos, dos quais passou os últimos 42 como empresário do ensino. Mas, não somente quer “fazer um bom trabalho”, conforme afirma, como ainda pretende empreender novamente no ramo da educação.

“Tenho a ideia – está na minha cabeça, ainda – de fazer uma universidade que ensine tudo que as outras não ensinaram. Não quero nem chamar de ‘universidade’. É uma insituição, que seria o consultor do instudante. Isso fora do grupo [ Kroton Anhanguera ], é projeto pessoal. E sem objetivo de lucro”, afirma.
“O princípio dessa universidade quem me falou foi o [ ex-ministro ] Cristóvão Buarque. É uma lenda indígena. Para uma pessoa ser feliz ela tem que equilibrar sete sentidos. Os deuses, que é a parte mais enigmática do ser humano, o solo, a família, os vizinhos, que são sete bilhões de vizinhos, o passado, o futuro e por último você mesmo. É dentro dessa temática que eu quero desenvolver as coisas”, explica.

Há ainda mais projetos. “Outra: existe um jornal eletrônico só de educação? Que abranja tudo?”, pergunta, de forma retórica. “Esse é outro plano”, diz. “Tem ainda um negócio que é uma fundação para financiamento de talentos em famílias sem poder aquisitivo. Isso é um outro projeto”, afirma. “Mas é o que sempre falo: preciso ver a quantas Copas do Mundo ainda vou assistir”.

Fonte: Portal IG

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Manuais de tecnologia digital na educação – Baixar Grátis


Tablets, lousa digital, redes sociais, digitalização do conteúdo. Cada vez mais é comum a utilziação destes equipamentos e serviços para no dia-a-dia da sala de aula. Mais do que ferramentas para atrair a atenção dos alunos, as tecnologias digitiais se transorfam num evolução na didática educativa na relação professor-aluno. De que adianta o aluno estar cada vez mais próximo das novas tecnologias se os professores não estiverem?

Pensando em auxiliar os profissionais de educação e estudantes de pedagogia e interessados na área, a Universidade Estadual da Paraíba lançou o livro “Tecnologias Digitais na Educação”, que apresenta uma seleção de artigos que são resultado de monografias acadêmicas sobre o tema. Tutoriais do universo digital e análises sobre o tema podem ser acessados ou baixados gratuitamente pela internet. O uso de games e de multimídia em disciplinas como geografia, matemática e líguas estrangeiras são descritos e analisados para servir de estímulo para educadores.

Para acessar (Baixar)  o livro “Tecnologias Digitais na Educação”, clique aqui.


“Guru” da educação online, professor do MIT defende qualidade da EAD

Quase um milhão de pessoas de 162 países – entre elas, 23 mil brasileiros – são alunos dos cursos da edX, plataforma de aulas gratuitas pela internet (MOOCs, na sigla em inglês), criada em 2012 pela Universidade de Harvard e pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) – duas das maiores referências em ensino superior dos Estados Unidos. Para o presidente do órgão e criador do primeiro curso disponibilizado por ele, o indiano Anant Agarwal (professor do MIT), as novas tecnologias empregadas na educação à distância – que vão muito além dos vídeos tutoriais – mudarão completamente as instituições de ensino superior do mundo em pouco tempo: em 20 anos, acredita ele, os estudantes poderão eliminar muitas horas gastas na universidade graças à ferramenta.

“A educação nunca mais será a mesma. (…) Daqui a 20 anos, os campi universitários não contarão mais com salas de aulas lotadas. Os estudantes farão exercícios online e assistirão a vídeos nos dormitórios deles, e só voltarão ao campus para discutir com seus professores e colegas”, afirmou Agarwal, durante o Transformar 2013, evento em São Paulo que reuniu educadores e especialistas da área, na quinta-feira.
Presidente de instituto criado por Harvard e MIT diz que a internet revolucionará formato das universidades
Criado no ano passado, o edX contou com investimentos de US$ 60 milhões (cerca de R$ 120 milhões), para oferecer gratuitamente cursos de algumas das principais universidades do mundo, em diversas áreas de conhecimento (exatas, biológicas e humanas) – e a expectativa é ampliar o número de universidades parceiras no sistema.
Segundo Agarwal, uma das maiores diferenças entre a plataforma criada por eles e o sistema tradicional de ensino à distância é a
 tecnologia empregada: pela internet, o aluno não só assiste a vídeos tutoriais e às aulas transmitidas por meio de infográficos interativos, como são testados a cada etapa – e recebem um feedback imediato do desempenho –, e podem tirar dúvidas com professores e alunos em fóruns de discussão.

Ainda de acordo ele, a tecnologia existente hoje permite, inclusive, a correção de redações por meio dos computadores, cujo resultado da avaliação sai na hora. Embora pareça estranha a ideia de uma máquina avaliar a qualidade de um texto dissertativo, o professor garante que testes demonstraram que a diferença entre a nota concedida por um professor e a avaliação do computador é muito pequena.

“É como num vídeo game. Se ele recebe um feedback na hora, vai continuar tentando até acertar o resultado correto”, explicou o professor de ciência da computação do MIT.

Capacidade 
Para o idealizador da plataforma, a maior vantagem que ela oferece é a capacidade de alcance da ferramenta e seu perfil de “democratizador da educação”. Em número de alunos, o Brasil só perde para os Estados Unidos, a Índia e o Reino Unido.

“É um sistema muito mais democrático. Nós não temos um processo seletivo de alunos, o que permite que qualquer um se inscreva. Veja o que acontece com Harvard, por exemplo, onde apenas 6% dos alunos que se candidatam a estudar lá conseguem entrar”, compara.
Engana-se, no entanto, quem espera que os cursos sejam mais fáceis que os disponíveis presencialmente. De acordo com o professor, o edX conta com mecanismos para evitar fraudes e o sistema de avaliação é tão rígido quanto o empregado nos cursos tradicionais. Para se ter uma ideia, dos cerca de 155 mil alunos inscritos no curso lecionado por ele, apenas 7.157 conseguiram concluir os testes.

Embora a maioria dos inscritos sejam adultos (com mais de 25 anos) interessados em dar continuidade aos estudos, e cerca de 45% sejam universitários com idades de 18 e 25 anos, o sistema atrai estudantes do ensino médio e tem se mostrado eficiente também para revelar “novos gênios”, como um adolescente de 15 anos da Mongólia que acertou 100% dos testes de um dos cursos oferecidos pelo instituto de tecnologia pela web. “Estamos descobrindo novos gênios a cada dia, no mundo todo”, afirma.

Fonte: Portal TERRA

Curso a distância é (Pode ser) Melhor que o Presencial?

As principais universidades norte-americanas se lançaram de cabeça no ensino online gratuito. Ano passado, Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) criaram o edX, uma plataforma de cursos abertos para massas (MOOCs, na sigla em inglês). Cada instituição se comprometeu a investir US$ 30 milhões. Meses antes nascia o Coursera, que hoje reúne cursos de 62 universidades, como Stanford e Columbia. Não à toa, 2012 foi eleito o ano dos MOOCs pelo jornal The New York Times.

Só o edX já tem 800 mil alunos inscritos – incluindo 23 mil brasileiros – em 23 cursos: sete do MIT, seis de Harvard, seis da Universidade da Califórnia e quatro da Universidade do Texas.
O mais popular é o de Circuitos e Eletrônica, ministrado por Anant Agarwal, com cerca de 150 mil alunos. Professor do MIT, o indiano foi convidado para ser o primeiro presidente do edX. “Tudo que o aluno precisa é ter vontade de aprender e conexão à internet”, disse ele ao Estado, em sua primeira entrevista à imprensa brasileira.

Os cursos não têm apenas videoaulas expositivas, mas também exercícios e avaliações virtuais. Ao contrário do ensino a distância tradicional, nessa modalidade não há a figura do tutor e grande parte da aprendizagem se dá pela interação entre os alunos nos fóruns de discussão. Quando aprovados, os estudantes recebem um certificado do edX.

“Num futuro não tão distante será comum para as universidades reconhecerem créditos dos MOOCs”, diz Agarwal, que fará na quinta-feira a conferência de encerramento doTransformar, um evento em São Paulo sobre inovação e tecnologia na educação.

Para que servem os MOOCs e quais as vantagens deles?

Promover o acesso de alunos de qualquer lugar do mundo à educação é um grande benefício. Outro, para a universidade, é que ela não precisa sair do câmpus para oferecer cursos. E quando você tem um curso online combinado com ajuda pessoal de um professor, no formato híbrido (blended), descobrimos que a qualidade supera de longe a dos cursos tradicionais presenciais. Assim, um dos grandes benefícios para as universidades também é poder aumentar muito a qualidade da educação no câmpus.

Há quem critique a falta de contato entre aluno e professor.

Mais de uma geração de alunos cresceu com as redes sociais, enviando mensagens de texto e batendo papo virtualmente. São pessoas que se sentem confortáveis em aprender online. Fizemos uma pesquisa com alunos que completaram o curso de Circuitos e Eletrônica. Pedimos para eles compararem o curso online com o tradicional. Os resultados foram surpreendentes: 36% dos alunos disseram que a experiência online foi melhor que a presencial e 63% acharam tão bom quanto. O curso online é muito bom, mas ter contato com um instrutor só melhora o aprendizado.

Como motivar os alunos?

Os cursos do edX são rigorosos. São os mesmos ensinados nos câmpus e a taxa de aprovação varia de 5% a 20%. Isso significa que até 95% dos alunos podem não ser aprovados porque abandonam ou não têm desempenho suficiente. Fora isso, muitos terminam os cursos e não pedem o certificado. Não sabemos quantos podem estar fazendo isso. Então, precisamos ter cuidado com estatísticas. Além disso, os alunos têm de levar o curso a sério e ser ativos, clicar em pelo menos um exercício ou dever de casa. Para os alunos com postura ativa, mas que não conseguem passar, temos várias ideias para engajá-los. Um professor, por exemplo, acessa os fóruns dos alunos, identifica as dificuldades e toda semana produz um vídeo com os pontos fracos. Outra maneira é oferecer material que ajude o aluno, porque às vezes ele não tem o background para acompanhar o curso. Para fazer meu curso de Circuitos é necessário saber equações diferenciais. Mas não ensinamos isso no edX. Então eu sugiro que o aluno assista às videoaulas de Salman Khan (que, aliás, foi meu aluno no MIT). Podemos ainda oferecer cursos híbridos, com apoio de um professor local, o que aumenta a taxa de sucesso. Fizemos isso com a Universidade Estadual de San Jose, da Califórnia. Os alunos assistiram aos vídeos, fizeram exercícios e depois seguiram para aula discutir com o professor. Os resultados foram incríveis. Tradicionalmente este curso tinha uma taxa de reprovação de 21%, mas com o edX caiu para 9%.

Como construir uma relação mais íntima com os alunos?

Acho que a intimidade já existe. Eu, por exemplo, gravo as aulas no mesmo estilo de Salman Khan, escrevendo em um tablet. Recebo e-mails de alunos dizendo que sentem como se estivessem ao meu lado me vendo explicar os conceitos. Eles acham essa relação muito pessoal. É melhor do que ficar na última fileira de um auditório para 500 pessoas vendo uma aula.

Vocês pesquisam o impacto dos MOOCs na educação superior. O que descobriram?

Estamos capturando dados dos alunos no edX: como eles aprendem, de onde vêm, quais exercícios acertam e quais erram, que tipo de material usam. Com isso podemos melhorar o modo pelo qual eles aprendem. Em um curso, separamos os alunos em dois grupos para verificar quem se sairia melhor de acordo com as ferramentas que utilizavam. Em outro caso, um professor de Harvard quis saber, com base nos dados gerados pela plataforma, quais recursos os alunos utilizavam em diferentes momentos. Ele descobriu que, quando os alunos resolvem o dever de casa, acessam bastante os vídeos. Mas quando fazem o exame final, olham muito o livro-texto.

O governo de São Paulo lançou um programa de inclusão de alunos de escolas públicas nas universidades estaduais que prevê, para parte dos cotistas, um curso semipresencial de dois anos, com certificação. Se aprovado, haverá uma formação generalista com o objetivo de chegarem mais preparados à universidade. O projeto recebeu críticas porque, entre outros motivos, os alunos de escolas públicas teriam menos atenção nesse modelo. Qual sua opinião?
Acho que uma maneira de o ensino superior se desenvolver é, em vez de trazer os alunos para os câmpus por quatro anos, deixá-los fazer disciplinas online por um ano, depois passar dois anos na universidade e, no último ano, fazer um estágio e mais atividades online. Esse projeto parece uma boa ideia, mas eu teria de olhar mais a fundo a plataforma, para saber como ela é. Muitas ainda estão em desenvolvimento. Ela terá um componente social forte? Haverá fóruns de discussão? Como será a interface do usuário? Tudo isso é importante para manter o aluno motivado. Eu teria de conhecer esses aspectos, mas pode ser uma boa ideia se a plataforma for muito boa.

Fonte: Estadão

Mestrado a Distância – Letras Português

Saiu o edital para o Mestrado profissionalizante a distância em Letras. As inscrições serão do dia 22 de abril a 20 de maio/2013 e as provas acontecerão no dia 16 de junho. Para se inscrever é preciso: Ter licenciatura em Letras com habilitação em Português e ser professor efetivo da rede pública e  estar em sala de aula em turmas do 1o ao 9o ano. Serão 829 vagas distribuidas em 37 instituições federais e estaduais.

O curso será realizado por meio a estrutura da Universidade Aberta do Brasil (UAB), consórcio articulado pela  Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes), que reúne instituições federais e estaduais  de ensino. Não há por enquanto menção a bolsas de estudo para os alunos, no molde do que hoje acontece com o outro  mestrado profissionalizante a distância no país, o de matemática, coordenado pela Sociedade Brasileira de Matemática sob supervisão da Capes.

As inscrições, que custam R$ 50,00, podem ser feitas no site do Núcleo Permanente de Concurso da UFRN, o Comperve
(www.comperve.ufrn.br). No final do edital, há uma relação das instituições que oferecem vagas para o curso.

Baixe aqui o edital completo do mestrado a distância